São Paulo, domingo, 15 de março de 2009

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Mãe de médico afirma que terá de deixar casa

ENVIADA ESPECIAL A CATANDUVA

A mãe do médico Wagner Rodrigo Brida Gonçalves, 31, um dos suspeitos de integrar a rede de pedofilia, Ivonete, tem orgulho da bonita casa em que mora e que, já sabe, terá de abandonar. "Como é que poderemos continuar aqui, depois disso tudo?" A casa amanheceu pichada: "Tá na Mira."
O pai de Wagner Rodrigo, que também é médico e também se chama Wagner, foi para o consultório, no centro da cidade. Ficou para a mulher a missão de acompanhar a promotora Noemi Corrêa, que na quarta-feira vasculhou a casa em busca de possíveis evidências contra o filho.
Ivonete recebe a reportagem pouco depois de o mandado de busca e apreensão ser cumprido. Mostra o quarto de Thiago, 28, no andar térreo -"meu anjo", ela diz.
O rapaz tem problemas mentais graves desde que nasceu. Precisa de cuidados permanentes. "Como é que entraria um monte de crianças aqui?", questiona Ivonete. "O enfermeiro, as duas empregadas e a faxineira veriam."
A mãe mostra à Folha o quarto de música no andar superior da casa, cheio de violões, usado em audiências de música sertaneja. O filho Rodrigo toca e canta.
A mulher conta que as buscas resultaram na apreensão de um DVD do "Gordo e o Magro", um dos "3 Patetas", uma fita pornô - "Do meu marido", afirma ela, rapidamente.


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