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IMPASSE
Juíza não define quem pagará obra em obelisco
DA REPORTAGEM LOCAL
A juíza Maria Lúcia Pizzotti
Mendes vai determinar, nos próximos dias, a restauração estrutural do Obelisco do Ibirapuera (zona sul de São Paulo), mas ainda
não definiu quem será responsável pela obra.
A prefeitura afirma que o governo do Estado é responsável pelo
monumento. O Estado, por sua
vez, nega e diz que a responsabilidade é da Sociedade Veteranos de
32 - MMDC. Paulo Emendabili,
neto do artista que fez o obelisco,
Galileo Emendabili, diz que a prefeitura cedeu a posse do monumento à sociedade e que contestará a concessão na Justiça, já que o
monumento é um bem público
que não poderia ser administrado
por um grupo da sociedade civil.
A Folha não conseguiu ouvir a
Sociedade Veteranos de 32 e a
empresa de telefonia Claro, que
patrocina as obras no local.
Mendes disse ontem que seria
uma "irresponsabilidade" permitir que as obras de revitalização
prosseguissem sem que a sustentação do obelisco fosse garantida.
Os problemas foram detectados
num laudo feito pelo perito judicial Marcos Moliterno e entregue
na semana passada à Justiça, que
detectou o afundamento das fundações e rachamento nas paredes
da obra. Há possibilidade de a
construção do túnel Ayrton Senna ter comprometido a estrutura.
A perícia ocorreu após a família
Emendabili questionar judicialmente a presença, sobre o obelisco, de um painel da Claro. Emendabili diz, porém, que pediu à juíza para prolongar o prazo de análise do laudo pois o engenheiro
Antonio Diez, 78, responsável pelo obelisco na época de sua construção, não identificou nenhum
problema de rebaixamento.
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