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ADMINISTRAÇÃO
Empresas que administram o telefone 156 alegam que a prefeitura não paga desde agosto e deve R$ 17,7 mi
Sem pagamento, serviço de informação pára
ANDRÉ CARAMANTE
DO "AGORA"
Desde as 22h30 de ontem, o serviço de atendimento telefônico da
Prefeitura de São Paulo, prestado
pelo número 156, está suspenso.
Motivo: falta de pagamento de
uma dívida que beira a casa dos
R$ 18 milhões.
De acordo com Waldomiro
Carvas Júnior, porta-voz das quatro empresas -Optiglobe, Voz,
Atento e Perform- que administram o 156 na capital, a prefeitura
deve a elas R$ 17,7 milhões (sem
as multas), pois os pagamentos
referentes ao serviço, contratado
em concorrência pública em
2002, não são efetuados desde
agosto de 2004.
O serviço 156 conta com 500
atendentes, que ficam em uma
central na rua General Jardim (região central). É a principal central
telefônica de informações da prefeitura, responsável por dados sobre linhas de ônibus, trânsito, Bilhete Único, Limpeza Urbana e
atividades culturais, entre outros.
Até hoje, cerca de 25 milhões de
pessoas já foram atendidas pelo
serviço. Um outro serviço essencial prestado pelo mesmo consórcio, o 192, pelo qual a população
solicita ambulâncias do Samu
(Serviço de Atendimento Médico
de Urgências), está funcionando
normalmente.
Carvas Júnior alega que foram
feitos inúmeros contatos com a
prefeitura para alertar para a possível suspensão do serviço.
Outro lado
Ao saber da suspensão do serviço 156, Sérgio Kobayashi, assessor
especial de comunicação da prefeitura, garantiu que hoje mesmo
o departamento jurídico do município ingressará com uma liminar para obter o restabelecimento
do atendimento telefônico.
"Tentamos renegociar os valores mensais desses contratos [R$
2,2 mi], mas o consórcio não quis
acordo, por isso vamos à Justiça",
falou Kobayashi.
Ele confirmou o valor da dívida.
Sem luz
No dia 29 de março, a Eletropaulo cortou o fornecimento de
energia elétrica para a prefeitura.
Ao todo, 85 prédios foram afetados. O motivo foi uma dívida de
R$ 600 milhões (segundo a Eletropaulo). A prefeitura calculou o
débito em R$ 143 milhões.
Foram atingidas pelo corte subprefeituras, escolas, secretarias e
até uma unidade básica de saúde.
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