São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 2005

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ADMINISTRAÇÃO

Empresas que administram o telefone 156 alegam que a prefeitura não paga desde agosto e deve R$ 17,7 mi

Sem pagamento, serviço de informação pára

ANDRÉ CARAMANTE
DO "AGORA"

Desde as 22h30 de ontem, o serviço de atendimento telefônico da Prefeitura de São Paulo, prestado pelo número 156, está suspenso. Motivo: falta de pagamento de uma dívida que beira a casa dos R$ 18 milhões.
De acordo com Waldomiro Carvas Júnior, porta-voz das quatro empresas -Optiglobe, Voz, Atento e Perform- que administram o 156 na capital, a prefeitura deve a elas R$ 17,7 milhões (sem as multas), pois os pagamentos referentes ao serviço, contratado em concorrência pública em 2002, não são efetuados desde agosto de 2004.
O serviço 156 conta com 500 atendentes, que ficam em uma central na rua General Jardim (região central). É a principal central telefônica de informações da prefeitura, responsável por dados sobre linhas de ônibus, trânsito, Bilhete Único, Limpeza Urbana e atividades culturais, entre outros.
Até hoje, cerca de 25 milhões de pessoas já foram atendidas pelo serviço. Um outro serviço essencial prestado pelo mesmo consórcio, o 192, pelo qual a população solicita ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgências), está funcionando normalmente.
Carvas Júnior alega que foram feitos inúmeros contatos com a prefeitura para alertar para a possível suspensão do serviço.

Outro lado
Ao saber da suspensão do serviço 156, Sérgio Kobayashi, assessor especial de comunicação da prefeitura, garantiu que hoje mesmo o departamento jurídico do município ingressará com uma liminar para obter o restabelecimento do atendimento telefônico.
"Tentamos renegociar os valores mensais desses contratos [R$ 2,2 mi], mas o consórcio não quis acordo, por isso vamos à Justiça", falou Kobayashi.
Ele confirmou o valor da dívida.

Sem luz
No dia 29 de março, a Eletropaulo cortou o fornecimento de energia elétrica para a prefeitura. Ao todo, 85 prédios foram afetados. O motivo foi uma dívida de R$ 600 milhões (segundo a Eletropaulo). A prefeitura calculou o débito em R$ 143 milhões.
Foram atingidas pelo corte subprefeituras, escolas, secretarias e até uma unidade básica de saúde.


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