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Conselho cobra ações para alunos especiais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para comemorar o Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva, o Conselho Federal de Psicologia entregou ontem ao Ministério
da Educação, em Brasília, uma
carta aberta cobrando ações
emergenciais para melhorar a
condição das escolas da rede pública e a qualificação dos professores visando atender a alunos
com necessidades especiais.
No documento, a entidade lembra que apenas 4,8% das 174.894
escolas públicas de educação básica no país têm sanitários adequados para atender estudantes com
deficiências físicas e somente
3,63% delas possuem dependências e vias adequadas.
"Como fazer inclusão se a estrutura das escolas é deficitária? Para
receber as crianças, as escolas precisam mudar. E isso vem sendo
adiado. São muitos anos de negligência", afirmou o vice-presidente do conselho, Marcus Vinicius
de Oliveira.
De acordo com o Censo Escolar
2004, foram registradas 566.753
matrículas na educação especial,
sendo 57% delas na rede pública.
Do total das matrículas, só 34,4%
são em classes comuns. O restante
está em salas especiais.
O vice-presidente do conselho,
porém, reconhece que o Ministério da Educação vem discutindo e
adotando uma série de ações para
tentar melhorar o problema, tendo, inclusive, uma secretaria para
cuidar do assunto.
Entre as ações estão, por exemplo, a produção de livros didáticos em braile, o projeto que trata
da linguagem para alunos com
problemas de audição e a previsão de implantar 200 laboratórios
de informática neste ano.
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