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O CRÍTICO
Régis de Oliveira diz que SP está abandonada
Vice critica Pitta e já
sonha com prefeitura
FABIO SCHIVARTCHE
da Reportagem Local
Calado desde o início do movimento dos rebeldes na Câmara
Municipal, o vice-prefeito de São
Paulo, Régis de Oliveira, começa
a criticar a gestão Pitta e a planejar, ainda que dissimuladamente, seu possível governo.
Oliveira é um dos articuladores
políticos do grupo de vereadores
que pertencia à chamada base
governista e que rompeu com o
prefeito Celso Pitta.
Até então afastado da linha de
frente do movimento que planeja o impeachment, ele convocou
os jornalistas para uma entrevista na tarde de ontem e afirmou
que a atual administração é
"ruim".
"A administração está falhando em inúmeros pontos. O PAS
(Plano de Atendimento à Saúde)
tem mil problemas e a qualidade
do serviço vem caindo paulatinamente. A cidade está imunda e
os parques com problemas",
afirmou.
Ele também criticou as ações
na área educacional, da qual foi
secretário municipal no primeiro semestre de 97, até ser "despejado" por Pitta.
"Quando saí, em julho, tínhamos 200 mil crianças fora da escola. O município e o Estado estão faltando em sua função social. Já as creches pagam pouco e
atrasado."
Novo governo
Oliveira negou diversas vezes,
durante a entrevista, que esteja
planejando sua base de governo
-para o caso de Pitta sofrer
processo de impeachment ou
mesmo ser "afastado" por Maluf, seu padrinho político que teme desgastar sua imagem e dificultar sua ida ao Palácio dos
Bandeirantes.
No entanto, disse que, caso assuma, pretende fazer um governo de "centro-esquerda, com
coalizão com o PT e o PSDB" e
sem "nenhum tipo de loteamento de cargos". "Os rebeldes podem até participar de minha administração, mas ninguém tem
promessa de absolutamente nada para me apoiar", afirmou.
O vice-prefeito disse que não
haverá roubo em sua gestão,
mas afirmou ser impossível acabar com toda a corrupção que
existe. "Não dá para acabar com
tudo, mas com certeza a gente
diminui."
Oliveira já sabe como resolver
os problemas da cidade. "Politicamente, você senta e conversa.
Financeiramente, há uma série
de ações possíveis, como o reescalonamento da dívida e o enxugamento do funcionalismo municipal."
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