da Reportagem Local

A Prefeitura de São Paulo adiou ontem a implantação das catracas eletrônicas nos ônibus, que estava planejada para ocorrer na segunda-feira, 20, para o dia 23, quinta.
A primeiras catracas estréiam em 35 ônibus de 3 novas linhas que circularão no centro.
A mudança ocorreu a pedido do presidente do sindicato dos motoristas e cobradores, Gregório Poço, que participou ontem de uma reunião com o prefeito, Celso Pitta, com o secretário municipal dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, e com o presidente da SPTrans, Francisco Christovam.
Na reunião, foi discutido o conteúdo de um decreto que proíbe demissões de cobradores, a ser assinado pelo prefeito durante o lançamento do novo sistema.
Poço afirmou que a principal preocupação do sindicato é com a eliminação dos 22,7 mil postos de cobradores que serão substituídos por catracas. Hoje, a categoria tem cerca de 55 mil trabalhadores. Com o novo sistema, a base do sindicato será reduzida à metade.
Segundo a prefeitura, o decreto prevê que os cobradores serão reaproveitados, mas a função de cobrador será eliminada.
"Estamos vacinados contra esse tipo de promessa. Queremos mais garantias", disse Poço. O sindicato defende que os cobradores continuem nos ônibus, como fiscais ou auxiliares.
Segundo Poço, o sindicato agora irá fazer assembléias com a categoria para decidir sobre a questão.
Mas ele mesmo admite que já pediu um novo adiamento ao secretário dos Transportes, que ainda não respondeu ao pedido.
Se o lançamento do programa for adiado pela segunda vez, poderá coincidir com a data do dissídio da categoria, em 1º de maio.
(MALU GASPAR)



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