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IML apura falhas em
autópsia de professora
CLAUDIA VARELLA
da Agência Folha, no ABCD
O Instituto Médico Legal do Estado abriu anteontem sindicância
interna para apurar possíveis falhas na autópsia feita no corpo da
professora Beatriz Junqueira da
Silveira Santos no IML de São Bernardo (Grande São Paulo).
Segundo Paul Verduraz, 30, delegado-assistente do 3º DP de São
Bernardo, o laudo da primeira autópsia constata que houve uma lesão pérfuro-contundente.
"Encontraram a lesão, mas não
os estilhaços de chumbo do cartucho", disse Verduraz.
Beatriz foi morta na terça-feira
da semana passada em São Bernardo com um tiro na nuca. Seu
corpo foi encontrado no dia seguinte. A arma usada no crime foi
uma espingarda cartucheira calibre 28, de cano serrado.
Após a exumação do cadáver, o
IML de Jacareí (68 km a leste de
São Paulo), onde a professora morava e foi enterrada, apontou a
presença de chumbo na cabeça de
Beatriz da Silveira Santos.
O diretor de clínica médico-legal
do IML do Estado, Luiz Alex, disse
ontem que o IML de São Bernardo
não possui aparelho de Raio-X, o
que teria impossibilitado constatar, por meio desse recurso, a presença do chumbo.
"Outro procedimento seria serrar o crânio do cadáver. Vamos
investigar se houve falhas."
O diretor do IML de São Bernardo, João Ferreira de Castilho, disse, por meio de sua secretária, que
só diretores do IML do Estado poderiam falar sobre o assunto.
O inquérito sobre o assassinato
da professora foi encaminhado
anteontem ao juiz-corregedor Antônio Maria Patino Zorz. Ele também é juiz de menores e juiz da
Vara do Júri de São Bernardo.
O delegado Verduraz disse que o
juiz deverá regularizar o mandado
de prisão preventiva de Walter Alberto Aguiar Camacho, o "Português", 18, e o mandado de apreensão (porque ele é menor) de
C.G.C., o "Xuxa", 16, acusados pelo crime. Depois, o promotor deverá se manifestar sobre o caso,
oferecendo denúncia contra os
acusados ou pedindo outras diligências, por exemplo.
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