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Mãe de vítima
viaja 7 horas
da Sucursal do Rio
A dentista Eroteides Chermont
viajou por sete horas ontem de Vitória (ES) para o Rio para acompanhar o júri de Paula Thomaz e divulgar o que, para ela, é cópia do
caso Daniella Perez: o assassinato
da filha, Gabriela Chermont.
A garota morreu depois de cair
do 12º andar de um apart-hotel em
Camburi, em Vitória, em 21 de setembro de 1996. O acusado, ex-namorado de Gabriela, disse que ela
se matou, mas investigações o
apontaram como suspeito.
"Ele tinha marcas de sangue na
roupa, indicando que ela foi golpeada", afirmou Marise Sônia
Guedes, uma das integrantes do
movimento "Mães em Vigília",
formado após a morte de Gabriela,
para pedir a punição do acusado.
Com prisão decretada, o acusado
está foragido.
"Desde setembro, vivo em função disso", disse Eroteides. "Não
voltei a meu consultório." Gabriela, que morreu aos 19 anos, era a
única filha da dentista.
A participação do grupo na manifestação foi acertado após contatos, por telefone, entre Eroteides e
a mãe de Daniella Perez, a escritora
Glória Perez. A novelista convidou
Eroteides a acompanhar o julgamento de Paula e disse que apoiaria sua luta.
Ontem, 15 integrantes do grupo
"Mães em Vigília" se reuniram
em frente ao 1º Tribunal do Júri, na
rua Dom Manuel, para divulgar o
caso Gabriela.
Fã
Fã de Daniella Perez, a copeira
Maria Rita Vargas, 37, deixou ontem mais cedo o serviço, no restaurante Recanto do Jacaré, no Engenho Novo (zona norte), apenas
para acompanhar o julgamento de
Paula Thomaz.
Munida de um álbum com fotos
da atriz -que nelas aparece sorrindo, dançando, posando com
colegas e morta, num matagal na
Barra da Tijuca-, Rita, por volta
de 15h, se dizia disposta a acompanhar o júri até o fim.
'O principal para mim é saber
qual é a sentença que ela vai pegar", afirmou a copeira, que disse
ter acompanhado a carreira da
atriz até a sua morte, em 1992.
A fã de Daniella demonstrou estar convicta da culpa da acusada.
"Ela (Paula) levou o lençol, esteve
no local do crime, que é ermo e
muito estranho", afirmou. "Levaram a Daniella para lá por que sabiam que iam matar."
Ela disse ainda que acompanhou
o caso pelos jornais e compareceu
a audiências e ao julgamento do
ator Guilherme de Pádua, condenado pela morte da atriz.
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