São Paulo, quinta, 15 de maio de 1997.



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Para ela, Paula tem versão pior que a de Guilherme
Glória Perez pede a pena máxima

da enviada especial ao Rio

A autora de novelas Glória Perez, mãe de Daniella, voltou a pedir "justiça" e a afirmar que quer que Paula Thomaz seja condenada à pena máxima de 30 anos de prisão.
"A tatuagem de criminosa está gravada na cara da Paula", disse ontem Glória, antes do início do julgamento. A novelista assistiu ao depoimento de Paula acompanhada do filho, Rodrigo, de amigas e de uma promotora.
Sobre o fato de a acusada repetir que é inocente e que, durante a tarde do dia do crime, estava no Barrashopping, Glória disse que "o argumento era inconsistente e uma coisa de loucos".
"Acho a história dela mais absurda do que a do Guilherme. Não acredito em nenhuma palavra que essa louca diz. Hoje, ela diz isso, mas na hora de emboscar, apunhalar e ligar para a minha casa ela era outra pessoa."
Glória também não acreditou que Paula tenha passado mal (motivo alegado para que ela deixasse a sala do julgamento após o seu depoimento). "É tudo uma farsa. Essa menina é uma farsa."
A mãe de Daniella e a acusada não se encararam durante todo o depoimento de Paula. Isso porque a ré evitou o tempo todo olhar para a platéia. Quando Paula saiu do seu lugar, minutos depois Gloria Perez também saiu da sala do julgamento.
Glória Perez disse que nunca teve nenhuma dúvida de que Paula participou do assassinato de sua filha, em dezembro de 92.
A novelista passou a tarde dando entrevistas (falou muito mais com jornalistas do que no julgamento de Pádua) e recebendo amigos e colegas da TV Globo.
Recebeu abraços e beijos da mãe de Eroteides Chermont, mãe da menina morta pelo ex-namorado em Vitória em 96, e da mãe de Cazuza, Lucia Araújo. Foram as únicas que falaram com Glória. (LUCIA MARTINS)


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