São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2001

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TORTURA

Crime ocorreu em fevereiro

Testemunhas não reconhecem suspeito

DA SUCURSAL DO RIO

As duas principais testemunhas do caso Carrefour, Andréa Cristina dos Santos, 27, e Geni Barbosa, 31, não reconheceram o suposto traficante Elias Vicente Pereira, 32, o Menor, como participante da sessão de torturas a que foram submetidas depois de acusadas pelo furto de frascos de filtro solar da filial de Jacarepaguá do supermercado, em fevereiro.
Menor foi preso no sábado na favela Quadra 15, na Cidade de Deus (zona oeste do Rio).
Segundo a Polícia Civil, ele teria confessado a policiais militares, no momento da prisão, seu envolvimento no caso.
O delegado-adjunto da 41ª DP (Delegacia de Polícia), Orlando Zaccone, disse que, no depoimento, Menor negou ter participado do crime. Segundo Zaccone, as investigações só evoluirão quando forem presos os traficantes Telo e Lolonga, reconhecidos pelas vítimas.
Andréa e Geni acusam funcionários do Carrefour de levá-las a traficantes da Cidade de Deus para que fossem punidas. Geni disse que foi espancada e amarrada a pneus para ser queimada, o que só não teria ocorrido porque Andréa fugiu e chamou a polícia.
Os fiscais de loja José Luiz Alcântara Ferreira e Flávio Grachet e o gerente de segurança, Tadeu Luiz Mendonça Pinto, foram presos em flagrante e indiciados sob suspeita de formação de quadrilha e da prática de cárcere privado e sequestro. Eles foram denunciados pelo Ministério Público sob a acusação de praticar tortura psicológica e tentativa de homicídio.


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