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TORTURA
Crime ocorreu em fevereiro
Testemunhas não reconhecem suspeito
DA SUCURSAL DO RIO
As duas principais testemunhas
do caso Carrefour, Andréa Cristina dos Santos, 27, e Geni Barbosa,
31, não reconheceram o suposto
traficante Elias Vicente Pereira,
32, o Menor, como participante
da sessão de torturas a que foram
submetidas depois de acusadas
pelo furto de frascos de filtro solar
da filial de Jacarepaguá do supermercado, em fevereiro.
Menor foi preso no sábado na
favela Quadra 15, na Cidade de
Deus (zona oeste do Rio).
Segundo a Polícia Civil, ele teria
confessado a policiais militares,
no momento da prisão, seu envolvimento no caso.
O delegado-adjunto da 41ª DP
(Delegacia de Polícia), Orlando
Zaccone, disse que, no depoimento, Menor negou ter participado
do crime. Segundo Zaccone, as
investigações só evoluirão quando forem presos os traficantes Telo e Lolonga, reconhecidos pelas
vítimas.
Andréa e Geni acusam funcionários do Carrefour de levá-las a
traficantes da Cidade de Deus para que fossem punidas. Geni disse
que foi espancada e amarrada a
pneus para ser queimada, o que
só não teria ocorrido porque Andréa fugiu e chamou a polícia.
Os fiscais de loja José Luiz Alcântara Ferreira e Flávio Grachet
e o gerente de segurança, Tadeu
Luiz Mendonça Pinto, foram presos em flagrante e indiciados sob
suspeita de formação de quadrilha e da prática de cárcere privado
e sequestro. Eles foram denunciados pelo Ministério Público sob a
acusação de praticar tortura psicológica e tentativa de homicídio.
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