CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

A ameaça de que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) resgatariam o traficante Edivaldo Lima de Melo, 36, no Hospital Augusto de Oliveira Camargo, em Indaiatuba (102 km de São Paulo), mobilizou a polícia da cidade ontem.
O diretor clínico do hospital, José Ignácio Travisanuto, disse ter recebido quatro telefonemas anônimos informando que Melo seria resgatado.
Funcionários disseram que, nas ligações, as pessoas se identificaram como membros do PCC, facção que desafia o Estado.
Melo está internado no local desde a madrugada de anteontem, depois de ter sido baleado na barriga e preso com 3,750 quilos de cocaína por policiais do Denarc (Departamento Estadual de Investigação sobre Narcóticos).
Três homens da Guarda Municipal mantêm um plantão de 24 horas em frente ao pronto-socorro. Além deles, dois carros da PM e dois carros da Guarda fazem uma ronda frequente do prédio.
"Muitos funcionários estão evitando entrar no pronto-socorro, com medo de que haja invasão. Se fizerem o que prometeram por telefone, não há quem os impeça", afirmou um servidor do hospital, que preferiu não se identificar.
Para o diretor clínico do hospital, não há razão para pânico.
Segundo o delegado Marcelo Eduardo Bueno da Silveira, os policiais ao redor do hospital foram solicitados antes dos telefonemas.
O traficante deve ser liberado em dois dias.


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