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São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2003

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Governo Lula investigará morte de quatro jovens em ação policial

TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O suposto assassinato de quatro jovens por policiais militares no morro do Borel (Tijuca, zona norte do Rio) será investigado pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa, vinculado à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. No Rio, o caso não está sendo investigado pela polícia.
Os jovens, que teriam sido torturados, morreram em 17 de abril e o caso foi registrado como "auto de resistência" (morte em confronto com a polícia). Os moradores afirmam que eles não eram traficantes. Uma das vítimas era Carlos Magno Nascimento, 18, que morava na Suíça e passava uma temporada com a avó.
O secretário de Direitos Humanos e presidente do conselho, Nilmário Miranda, incluiu o caso na pauta da reunião do dia 21, quando uma comissão será instalada.
Ocorrido durante um plantão de feriado, véspera da Sexta-Feira Santa, o caso foi registrado na 20ª DP (Delegacia de Polícia), no Grajaú (zona norte), pelo delegado Bruno Lobo.
Segundo Lobo, no mesmo dia o registro foi remetido por computador à 19ª DP (Tijuca, zona norte), responsável pelas investigações de ocorrências criminais na área do Borel. "Os papéis foram enviados poucos dias depois."
O delegado titular da 19ª DP, Orlando Zaconni, dá outra versão: diz que o caso está com a delegacia do Grajaú e que não sabe da remessa da ocorrência à DP que dirige.
A Corregedoria Geral Unificada investiga quatro policiais militares do 6º batalhão que seriam os responsáveis pelas mortes.


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