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Governo Lula investigará morte
de quatro jovens em ação policial
TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O suposto assassinato de quatro
jovens por policiais militares no
morro do Borel (Tijuca, zona norte do Rio) será investigado pelo
Conselho de Defesa dos Direitos
da Pessoa, vinculado à Secretaria
Especial de Direitos Humanos da
Presidência da República. No Rio,
o caso não está sendo investigado
pela polícia.
Os jovens, que teriam sido torturados, morreram em 17 de abril
e o caso foi registrado como "auto
de resistência" (morte em confronto com a polícia). Os moradores afirmam que eles não eram
traficantes. Uma das vítimas era
Carlos Magno Nascimento, 18,
que morava na Suíça e passava
uma temporada com a avó.
O secretário de Direitos Humanos e presidente do conselho, Nilmário Miranda, incluiu o caso na
pauta da reunião do dia 21, quando uma comissão será instalada.
Ocorrido durante um plantão
de feriado, véspera da Sexta-Feira
Santa, o caso foi registrado na 20ª
DP (Delegacia de Polícia), no Grajaú (zona norte), pelo delegado
Bruno Lobo.
Segundo Lobo, no mesmo dia o
registro foi remetido por computador à 19ª DP (Tijuca, zona norte), responsável pelas investigações de ocorrências criminais na
área do Borel. "Os papéis foram
enviados poucos dias depois."
O delegado titular da 19ª DP,
Orlando Zaconni, dá outra versão: diz que o caso está com a delegacia do Grajaú e que não sabe
da remessa da ocorrência à DP
que dirige.
A Corregedoria Geral Unificada
investiga quatro policiais militares do 6º batalhão que seriam os
responsáveis pelas mortes.
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