DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo, Edivaldo Santiago, disse à Folha que recebe ajuda de custo de quatro sindicatos dos quais faz parte, além de uma aposentadoria de R$ 1.000, o que lhe assegura uma renda mensal de cerca de R$ 7.000.
Edivaldo Santiago e outros dois integrantes da diretoria-executiva da entidade, Edvaldo Gomes de Oliveira, o Dentinho, e Francisco Xavier da Silva Filho, conhecido como Chiquinho, tiveram o sigilo bancário quebrado anteontem pela Justiça.
A decisão do juiz Toru Yamamoto, da 3ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, atendeu a um pedido feito pelo Ministério Público, que anunciou ter detectado movimentações financeiras que não condizem com a renda dos sindicalistas.
Além de presidente do sindicato dos motoristas, de onde recebe cerca de R$ 1.500, Santiago é presidente de honra do sindicato dos rodoviários, membro da diretoria do sindicato dos condutores do Estado de São Paulo e diretor da federação dos trabalhadores rodoviários.
A Promotoria da Habitação e Urbanismo pretende pedir a destituição -total ou parcial- da diretoria do sindicato com base em indícios de ligações entre empresários e sindicalistas na realização de paralisações do sistema de transporte.
Santiago negou envolvimento em irregularidades e disse que não vê problemas na quebra de seu sigilo bancário.


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