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PATRIMÔNIO PÚBLICO
Comissão irá avaliar novos pedidos e opinar sobre monumentos
Rio definirá destino de estátuas
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO
Entre estátuas, monumentos e
peças contemporâneas, há cerca
de 500 esculturas nas ruas do
Rio. O destino delas e dos novos
projetos de intervenção nos espaços públicos está, a partir de
agora, nas mãos de 14 pessoas.
O secretário municipal das Culturas, Ricardo Macieira, criou,
por decreto, a Comissão de Proteção da Paisagem Urbana da
Cidade do Rio de Janeiro.
Em reuniões mensais, a comissão avaliará os pedidos que
chegam à prefeitura, proporá temas e locais para novas esculturas e poderá opinar sobre os
monumentos e obras que já estão instalados na cidade.
"Vamos discutir critérios para
as intervenções artísticas, algo
de que o Rio precisava há muito
tempo", diz Macieira, que presidirá a comissão.
Ele está acabando de fazer os
convites, mas já lista os nomes:
Paulo Herkenhoff, diretor do
Museu Nacional de Belas Artes;
Lauro Cavalcanti, diretor do Paço Imperial; Fernando Cocchiarale, curador do Museu de Arte
Moderna; Luciano Figueiredo,
diretor do Centro de Artes Hélio
Oiticica, entre outros.
"A idéia é muito boa, porque
nunca houve uma política consistente em termos de qualidade
e planejamento para as esculturas", diz Luciano Figueiredo.
"A idéia da comissão é excelente", apóia o escultor Ascânio
MMM, para quem o grupo deve
preferir esculturas a estátuas.
"Esta cidade já está cheia de estátuas, algumas lamentáveis. É
preciso avaliar bem as ofertas."
Macieira pensou na comissão
após rejeitar projeto de monumento para os Jogos Pan-Americanos de 2007, pedido pelo
Comitê Olímpico Brasileiro.
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