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AVIAÇÃO
Aeronave da Rico Linhas Aéreas desapareceu por volta das 19h20 (horário de Brasília), minutos antes de pousar
Avião com 33 pessoas some no Amazonas
EDEVAL JÚNIOR
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA
Um avião da Rico Linhas Aéreas
desapareceu ontem com 33 pessoas a bordo quando se preparava
para pousar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em
Manaus (AM).
De acordo com a Rico, o avião
sumiu por volta das 18h20 (19h20
em Brasília), quando fez o último
contato com a torre.
"O comandante da aeronave,
Rui Cleber, informou que em 18
minutos estaria pousando. Momentos depois, sumiram do radar", informou Liliana Maia, assessora de imprensa da companhia aérea.
Segundo Maia, no momento em
que sumiu do radar, o avião, um
Brasília, estava a cerca de 20 km
da cabeceira da pista.
O avião fazia o vôo 4815, com 30
passageiros e três tripulantes. Decolou inicialmente em São Paulo
de Olivença e fez escalas em Tabatinga, ambas no leste do Amazonas, e Tefé (no centro do Estado),
antes de se dirigir a Manaus.
Depois de passados os 18 minutos avisados pelo piloto, o Serac
(Serviço Regional de Aviação Civil) acionou um avião de buscas
da Força Aérea.
As buscas se concentravam ontem, segundo a Rico, numa localidade turística chamada Praia do
Tupé, às margens do rio Negro.
Barcos da Marinha também se
dirigiram à área, para o caso de
um possível pouso na água.
Até a conclusão desta edição, o
avião não havia sido localizado.
Por esse motivo, o DAC (Departamento de Aviação Civil) não havia permitido a divulgação da lista
de passageiros.
A Agência Folha não conseguiu
contato com o DAC em Manaus
até a finalização desta edição.
Não é a primeira vez que a Rico
Linhas Aéreas registra uma queda
de uma de suas aeronaves. Às
17h50 (19h50 de Brasília), em 30
de agosto de 2002, um outro Brasília empresa caiu numa fazenda a
3 km da cabeceira da pista do aeroporto de Rio Branco (AC).
No acidente, morreram 23 pessoas. Oito sobreviveram.
Segundo relato das autoridades
aeronáuticas na época, o avião bateu no solo, depois levantou e bateu em uma árvore. Passou numa
rede de alta tensão, entrou na porteira da fazenda e matou oito cabeças de gado. A aeronave teria sido vítima de uma "tesoura de
vento" -uma rajada de ventos
descendentes (do céu para a terra)
comum em tempestades fortes,
como a daquela noite.
A empresa aérea considerou
que não houve falha humana ou
técnica na ocasião.
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