São Paulo, sábado, 15 de maio de 2004

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AVIAÇÃO

Aeronave da Rico Linhas Aéreas desapareceu por volta das 19h20 (horário de Brasília), minutos antes de pousar

Avião com 33 pessoas some no Amazonas

EDEVAL JÚNIOR
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA

Um avião da Rico Linhas Aéreas desapareceu ontem com 33 pessoas a bordo quando se preparava para pousar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM).
De acordo com a Rico, o avião sumiu por volta das 18h20 (19h20 em Brasília), quando fez o último contato com a torre.
"O comandante da aeronave, Rui Cleber, informou que em 18 minutos estaria pousando. Momentos depois, sumiram do radar", informou Liliana Maia, assessora de imprensa da companhia aérea.
Segundo Maia, no momento em que sumiu do radar, o avião, um Brasília, estava a cerca de 20 km da cabeceira da pista.
O avião fazia o vôo 4815, com 30 passageiros e três tripulantes. Decolou inicialmente em São Paulo de Olivença e fez escalas em Tabatinga, ambas no leste do Amazonas, e Tefé (no centro do Estado), antes de se dirigir a Manaus.
Depois de passados os 18 minutos avisados pelo piloto, o Serac (Serviço Regional de Aviação Civil) acionou um avião de buscas da Força Aérea.
As buscas se concentravam ontem, segundo a Rico, numa localidade turística chamada Praia do Tupé, às margens do rio Negro.
Barcos da Marinha também se dirigiram à área, para o caso de um possível pouso na água.
Até a conclusão desta edição, o avião não havia sido localizado. Por esse motivo, o DAC (Departamento de Aviação Civil) não havia permitido a divulgação da lista de passageiros.
A Agência Folha não conseguiu contato com o DAC em Manaus até a finalização desta edição.
Não é a primeira vez que a Rico Linhas Aéreas registra uma queda de uma de suas aeronaves. Às 17h50 (19h50 de Brasília), em 30 de agosto de 2002, um outro Brasília empresa caiu numa fazenda a 3 km da cabeceira da pista do aeroporto de Rio Branco (AC).
No acidente, morreram 23 pessoas. Oito sobreviveram.
Segundo relato das autoridades aeronáuticas na época, o avião bateu no solo, depois levantou e bateu em uma árvore. Passou numa rede de alta tensão, entrou na porteira da fazenda e matou oito cabeças de gado. A aeronave teria sido vítima de uma "tesoura de vento" -uma rajada de ventos descendentes (do céu para a terra) comum em tempestades fortes, como a daquela noite.
A empresa aérea considerou que não houve falha humana ou técnica na ocasião.


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