São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2008

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Professores e alunos elogiam idéia, mas reclamam que o projeto não funciona

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto os recursos para o Projovem seguem bloqueados, os docentes relatam dificuldades em manter as aulas e pagar as suas contas.
"Para economizar, estamos trabalhando em forma de rodízio. É uma falta de respeito. Estou pensando em abandonar o programa, que até tem uma idéia muito boa, mas tem problemas na execução", disse uma educadora que trabalha com qualificação profissional, em uma unidade da zona sul.
Os educadores se reúnem no sábado no Sinpro-SP (Sindicato dos Professores) para definir quais ações serão tomadas.
Os estudantes também reclamam da situação. Adriano de Souza Ribeiro, 20, via no Projovem uma esperança para o seu futuro. Parou de estudar na sexta série do ensino fundamental para ajudar a família, trabalhou em obras, mas nunca teve registro em carteira.
"Comecei a estudar em setembro, mas só recebi três pagamentos do auxílio mensal que foi prometido." Enquanto os R$ 100 do benefício, que seriam usados para pagar o transporte até a escola, não saem, Ribeiro e a prima Francisca Karlene dos Reis Cândido, 24, andam cerca de 50 minutos de casa até a escola onde participam do programa, na zona sul da capital. "O Projovem seria lindo e maravilhoso se acontecesse, mas, na prática, não funciona", diz Francisca.


Colaborou MARCIA PEREIRA

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