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Professores e alunos elogiam idéia, mas reclamam que o projeto não funciona
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto os recursos para o
Projovem seguem bloqueados,
os docentes relatam dificuldades em manter as aulas e pagar
as suas contas.
"Para economizar, estamos
trabalhando em forma de rodízio. É uma falta de respeito. Estou pensando em abandonar o
programa, que até tem uma
idéia muito boa, mas tem problemas na execução", disse
uma educadora que trabalha
com qualificação profissional,
em uma unidade da zona sul.
Os educadores se reúnem no
sábado no Sinpro-SP (Sindicato dos Professores) para definir
quais ações serão tomadas.
Os estudantes também reclamam da situação. Adriano de
Souza Ribeiro, 20, via no Projovem uma esperança para o seu
futuro. Parou de estudar na
sexta série do ensino fundamental para ajudar a família,
trabalhou em obras, mas nunca
teve registro em carteira.
"Comecei a estudar em setembro, mas só recebi três pagamentos do auxílio mensal
que foi prometido."
Enquanto os R$ 100 do benefício, que seriam usados para
pagar o transporte até a escola,
não saem, Ribeiro e a prima
Francisca Karlene dos Reis
Cândido, 24, andam cerca de 50
minutos de casa até a escola onde participam do programa, na
zona sul da capital. "O Projovem seria lindo e maravilhoso
se acontecesse, mas, na prática,
não funciona", diz Francisca.
Colaborou MARCIA PEREIRA
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