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15,5% da população adotaria uma criança, diz pesquisa
Porém, 65% dos entrevistados não saberiam o local adequado para fazer a adoção
Foram entrevistadas 1.562 pessoas, das quais 37,4% procurariam crianças em maternidades de hospitais e 28% em abrigos
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pesquisa divulgada ontem
pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) mostrou
que 15,5% da população adotaria uma criança. Informou, porém, que 65% dos entrevistados não saberiam o local adequado para fazer a adoção -as
varas da Infância dos tribunais
estaduais. Segundo a pesquisa,
37,4% da população procuraria
crianças em maternidades de
hospitais e 28% em abrigos.
A pesquisa intitulada "Percepção da População Brasileira
Sobre Adoção", realizada entre
os dias 10 e 27 de abril, entrevistou 1.562 pessoas de todos os
Estados do Brasil. A margem de
erro é de 2,5 pontos percentuais. Ela foi divulgada no dia
em que a AMB lançou a campanha "Mude um Destino".
Para o coordenador da campanha, Francisco Oliveira Neto, "abrigo não é vitrine de
criança e procurar um filho em
maternidades também não é
uma postura correta".
Apesar de não existir números oficiais sobre crianças em
situação de adoção, a AMB trabalha com os seguintes dados:
"cerca de 80 mil crianças vivem
em instituições de apoio ou
abrigos. Dessas crianças, cerca
de 8.000 estão em condições de
serem adotadas e 72 mil aguardam por algum apoio".
O estudo teve como objetivos
"verificar o grau de consciência
e envolvimento da população
com o tema; medir o nível de
interesse e rejeição quanto ao
tema; e identificar fatores que
afetam ou limitam ações proativas no apoio a crianças".
Entre os que adotariam,
78,1% já têm filhos e 58,8% são
casados. 63% afirmam que não
teriam preferência pelo sexo,
79,6% não se importariam com
a cor e 54% adotariam uma
criança portadora de necessidades especiais.
Com o objetivo de agilizar a
adoção no país, O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) lançou
no final de abril o Cadastro Nacional de Adoção, que irá unificar e cruzar os dados dos Estados brasileiros, tanto em relação às crianças a serem adotadas, como sobre os interessados em participar do processo.
Até então, cada Tribunal de
Justiça estadual compilava
seus dados separadamente.
Desde o lançamento desse cadastro, os juizes de todo o Brasil começaram a ser treinados
para reunir as informações.
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