São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2008

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Câmara aprova desapropriação de área contaminada para virar parque

Prefeitura diz, porém, não conhecer o projeto; área fica na Mooca e pertence à Esso

MARIANA BARROS
REPORTAGEM LOCAL

Um projeto de lei aprovado ontem na Câmara pretende dar início à criação de um parque em um terreno de cerca de 98 mil m2 na Mooca (zona leste).
Pela proposta, a área, hoje da Esso, fica declarada de utilidade pública para ser desapropriada judicialmente ou por acordo -a empresa fica obrigada a sair dali com indenização, de valor ainda não definido.
Além do processo de passar o terreno para o governo, há ao menos dois outros entraves para que o lugar vire parque: é preciso que haja interesse da prefeitura na empreitada e que o solo do terreno, hoje com pontos contaminados, seja completamente remediado.
No local havia, entre 1945 e 2001, tanques de uma base de distribuição de combustível. A Esso diz que 5 dos 200 pontos do terreno ainda não foram descontaminados, o que deve ocorrer até o final do ano. A área pode ser usada após ser descontaminada, diz a Cetesb.
A prefeitura afirmou, por meio de sua assessoria, não conhecer o projeto e que, por isso, irá esperar uma análise técnica.
O projeto deve chegar ao prefeito Gilberto Kassab (DEM) nas próximas semanas. Aprovado em segunda votação, segue para aprovação ou veto.
Ainda na Câmara, há um outro projeto na pauta sobre o terreno -ele define a área como de proteção ambiental.
Segundo os vereadores Adilson Amadeu (PTB) e Domingos Dissei (DEM), autores dos projetos, a idéia de um parque ali veio da falta de áreas verdes na Mooca e de uma tentativa de conter a especulação imobiliária e o adensamento no local.


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