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Câmara aprova desapropriação de área contaminada para virar parque
Prefeitura diz, porém, não conhecer o projeto; área fica na Mooca e pertence à Esso
MARIANA BARROS
REPORTAGEM LOCAL
Um projeto de lei aprovado
ontem na Câmara pretende dar
início à criação de um parque
em um terreno de cerca de 98
mil m2 na Mooca (zona leste).
Pela proposta, a área, hoje da
Esso, fica declarada de utilidade pública para ser desapropriada judicialmente ou por
acordo -a empresa fica obrigada a sair dali com indenização,
de valor ainda não definido.
Além do processo de passar o
terreno para o governo, há ao
menos dois outros entraves para que o lugar vire parque: é
preciso que haja interesse da
prefeitura na empreitada e que
o solo do terreno, hoje com
pontos contaminados, seja
completamente remediado.
No local havia, entre 1945 e
2001, tanques de uma base de
distribuição de combustível. A
Esso diz que 5 dos 200 pontos
do terreno ainda não foram
descontaminados, o que deve
ocorrer até o final do ano. A
área pode ser usada após ser
descontaminada, diz a Cetesb.
A prefeitura afirmou, por
meio de sua assessoria, não conhecer o projeto e que, por isso,
irá esperar uma análise técnica.
O projeto deve chegar ao prefeito Gilberto Kassab (DEM)
nas próximas semanas. Aprovado em segunda votação, segue para aprovação ou veto.
Ainda na Câmara, há um outro projeto na pauta sobre o
terreno -ele define a área como de proteção ambiental.
Segundo os vereadores Adilson Amadeu (PTB) e Domingos Dissei (DEM), autores dos
projetos, a idéia de um parque
ali veio da falta de áreas verdes
na Mooca e de uma tentativa
de conter a especulação imobiliária e o adensamento no local.
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