São Paulo, sábado, 15 de junho de 2002

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Fracassa ação em reduto do tráfico

MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

O primeiro dia da Operação Autoridade Máxima, organizada pela Polícia Civil do Rio na tentativa de capturar o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, foi um fracasso.
Cerca de 150 policiais de 23 delegacias, em 60 carros, vasculharam ontem o morro do Engenho da Rainha (zona norte), um dos redutos do traficante, apontado como o assassino do jornalista Tim Lopes. Dois helicópteros participaram da ação.
Após três horas de operação, os policiais não prenderam ninguém nem apreenderam armas e drogas. "Infelizmente, não foi dessa vez, mas continuamos nessa busca interminável, que só vai ter fim quando conseguirmos colocar esse criminoso na cadeia", declarou o chefe de gabinete da Polícia Civil, Pedro Paulo Pinho, que comandou a operação.
A Operação Autoridade Máxima conta com 3.000 policiais civis -29% do efetivo da corporação, de 10.500 profissionais.
Na favela Vila Cruzeiro, onde o jornalista desapareceu, moradores temem novos atos de violência cometidos por Elias Maluco.
Uma moradora disse à Folha que o traficante mandou um "olheiro" para observar a manifestação organizada pelos jornalistas em solidariedade ao repórter da Globo, na semana passada.
Desde o desaparecimento de Lopes, no dia 2, a polícia já prendeu seis acusados de integrar a quadrilha de Elias Maluco, dos quais dois teriam participado do crime. Na noite de anteontem, agentes da 22ª Delegacia de Polícia prenderam Eliseu de Souza, 22, o Zeu, na favela da Fazendinha (Inhaúma, zona norte).
Segundo o delegado Sérgio Falante, Zeu é segurança de Elias Maluco e estava no alto da favela da Grota quando Lopes foi morto.


Colaboraram SABRINA PETRY e FERNANDA DA ESCÓSSIA, da Sucursal do Rio


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