|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Fracassa ação em reduto do tráfico
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
O primeiro dia da Operação Autoridade Máxima, organizada pela Polícia Civil do Rio na tentativa
de capturar o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, foi
um fracasso.
Cerca de 150 policiais de 23 delegacias, em 60 carros, vasculharam
ontem o morro do Engenho da
Rainha (zona norte), um dos redutos do traficante, apontado como o assassino do jornalista Tim
Lopes. Dois helicópteros participaram da ação.
Após três horas de operação, os
policiais não prenderam ninguém
nem apreenderam armas e drogas. "Infelizmente, não foi dessa
vez, mas continuamos nessa busca interminável, que só vai ter fim
quando conseguirmos colocar esse criminoso na cadeia", declarou
o chefe de gabinete da Polícia Civil, Pedro Paulo Pinho, que comandou a operação.
A Operação Autoridade Máxima conta com 3.000 policiais civis
-29% do efetivo da corporação,
de 10.500 profissionais.
Na favela Vila Cruzeiro, onde o
jornalista desapareceu, moradores temem novos atos de violência
cometidos por Elias Maluco.
Uma moradora disse à Folha
que o traficante mandou um
"olheiro" para observar a manifestação organizada pelos jornalistas em solidariedade ao repórter da Globo, na semana passada.
Desde o desaparecimento de
Lopes, no dia 2, a polícia já prendeu seis acusados de integrar a
quadrilha de Elias Maluco, dos
quais dois teriam participado do
crime. Na noite de anteontem,
agentes da 22ª Delegacia de Polícia prenderam Eliseu de Souza,
22, o Zeu, na favela da Fazendinha
(Inhaúma, zona norte).
Segundo o delegado Sérgio Falante, Zeu é segurança de Elias
Maluco e estava no alto da favela
da Grota quando Lopes foi morto.
Colaboraram SABRINA PETRY e FERNANDA DA ESCÓSSIA, da Sucursal
do Rio
Texto Anterior: Caso Tim Lopes: Corpo pode não ser encontrado, diz delegado Próximo Texto: Ato pela paz terá bloco de carnaval Índice
|