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MÉDICO SUSPEITO
Pediatra é acusado de abuso sexual
Chipkevitch fica em silêncio na primeira audiência do processo
IURI DANTAS
DA REPORTAGEM LOCAL
O pediatra Eugenio Chipkevitch, 47, preso há 85 dias, manteve ontem o silêncio na primeira
audiência do processo em que é
julgado por sedar e abusar sexualmente de seus pacientes.
O médico responde pelos crimes de atentado violento ao pudor contra dez menores, infração
do Estatuto da Criança e do Adolescente e corrupção de menores.
A polícia apreendeu 35 fitas de vídeo nas quais o pediatra supostamente aparece abusando de pacientes em seu consultório.
O médico não respondeu a perguntas do juiz por orientação de
seu advogado, Otavio Augusto
Rossi Vieira. No dia 27 de março,
em depoimento à polícia, Chipkevitch afirmou que falaria em juízo. Na ocasião, disse apenas: "não
cometi crime nenhum".
Segundo Vieira, o médico ficou
em silêncio ontem porque ainda
não houve uma conversa reservada entre os dois, para análise dos
12 volumes do processo.
"Não quero carcereiro, nem câmera me vigiando, quero conversar com ele como a gente vê em
filme americano", afirmou.
O promotor Antonio Carlos Arnóbio afirmou que já testemunhou conversas privadas entre o
advogado e Chipkevitch e que essa questão nunca foi levantada
por Vieira anteriormente.
A Folha apurou que um rapaz
de 17 anos afirmou à polícia que
teria conhecido o pediatra pela internet e teria tido relações sexuais
com ele. Por isso, a promotoria
incluiu a acusação de corrupção
de menores no processo.
Otávio Augusto Rossi Vieira
afirmou que responderá às acusações "no momento oportuno".
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