São Paulo, sábado, 15 de junho de 2002

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MÉDICO SUSPEITO

Pediatra é acusado de abuso sexual

Chipkevitch fica em silêncio na primeira audiência do processo

IURI DANTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

O pediatra Eugenio Chipkevitch, 47, preso há 85 dias, manteve ontem o silêncio na primeira audiência do processo em que é julgado por sedar e abusar sexualmente de seus pacientes.
O médico responde pelos crimes de atentado violento ao pudor contra dez menores, infração do Estatuto da Criança e do Adolescente e corrupção de menores. A polícia apreendeu 35 fitas de vídeo nas quais o pediatra supostamente aparece abusando de pacientes em seu consultório.
O médico não respondeu a perguntas do juiz por orientação de seu advogado, Otavio Augusto Rossi Vieira. No dia 27 de março, em depoimento à polícia, Chipkevitch afirmou que falaria em juízo. Na ocasião, disse apenas: "não cometi crime nenhum".
Segundo Vieira, o médico ficou em silêncio ontem porque ainda não houve uma conversa reservada entre os dois, para análise dos 12 volumes do processo.
"Não quero carcereiro, nem câmera me vigiando, quero conversar com ele como a gente vê em filme americano", afirmou.
O promotor Antonio Carlos Arnóbio afirmou que já testemunhou conversas privadas entre o advogado e Chipkevitch e que essa questão nunca foi levantada por Vieira anteriormente.
A Folha apurou que um rapaz de 17 anos afirmou à polícia que teria conhecido o pediatra pela internet e teria tido relações sexuais com ele. Por isso, a promotoria incluiu a acusação de corrupção de menores no processo.
Otávio Augusto Rossi Vieira afirmou que responderá às acusações "no momento oportuno".



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