São Paulo, sábado, 15 de junho de 2002

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CRIME ORGANIZADO

Três advogados também estão na lista

Promotoria denúncia cúpula do PCC por formação de quadrilha

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério Público de São Paulo denunciou ontem 22 supostos integrantes e líderes da facão criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) por formação de quadrilha qualificada -associação de mais de quatro pessoas para a prática de crime hediondo.
O pedido de condenação dá continuidade à maior ofensiva contra a organização criminosa desde a sua criação nos anos 90. Em seis horas, no último dia 23, 18 pessoas foram presas, 32 centrais telefônicas fechadas e os 25 principais líderes acabaram isolados.
Dos denunciados, apenas três estão em liberdade: a advogada Mônica Fiori Hernandes e a dona-de-casa Aurinete Carlos Félix da Silva, que irão responder ao processo livres, e Petronilha Felício, foragida desde o dia 23.
Os fundadores do PCC César Augusto Roriz da Silva, o Cesinha, e José Eduardo Moura da Silva, o Bandejão, são descritos como os articuladores da série de atentados contra órgãos públicos, além de responsáveis por crimes como homicídios e tráfico.
Os advogados Anselmo Neves Maia e Leyla Maria Alambert também foram denunciados. Eles fariam parte do braço operacional do PCC fora das prisões.
Se condenados, os 22 podem pegar seis anos de prisão, sem direito a progressão de regime. ""Para quem tem 200 anos de prisão, não representa ganho de pena, mas a conduta criminosa deles exige denúncia", diz o promotor Rodrigo Canellas Dias, assessor do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais de SP.
É o caso de Cesinha, que cumpre pena de 110 anos, e Bandejão, condenado a 67 anos de prisão.



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