São Paulo, sábado, 15 de junho de 2002

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PANORÂMICA

USP

Professores de ciências sociais criticam "intolerância" dos estudantes em greve
Professores de ciências sociais da USP divulgaram ontem uma nota em que, apesar de apoiarem a greve estudantil pela contratação de docentes, criticam "manifestações de intolerância para com opiniões e condutas diferentes; a intimidação de professores no cumprimento de seu ofício; a intimidação de autoridades universitárias; e o desrespeito, por palavras e gestos, aos professores e aos próprios colegas estudantes, como ocorreu em recente reunião de professores e estudantes".
Segundo o comando da greve do curso de ciências sociais, a tensão gerada em uma reunião na quinta-feira da semana passada, que teria gerado a nota, foi um caso extremo e partiu de alguns alunos, não refletindo a posição do movimento. Ontem, professores e alunos fizeram uma nova reunião para decidir um calendário e atividades comuns e não houve conflitos.
Na próxima quarta-feira, será realizado um ato público em defesa da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) no anfiteatro de convenções da USP, com a presença de Antonio Cândido, Aziz Ab'Saber, Marilena Chuí e Octávio Ianni entre outros.
Na entrada do evento será montada uma banca em que os professores reunirão suas publicações, como forma de protesto a alegações de que a unidade não teria produção científica.
Os alunos da FFLCH estão em greve desde o dia 30 de abril e reivindicam a contratação de 259 professores. Em reunião com os alunos ontem, o diretor da unidade, Francis Henrik Aubert, afirmou que, por enquanto, não há risco de perda do semestre, lembrando que em 2000 uma greve de professores e funcionários chegou a 52 dias e houve reposição das aulas. (DA REPORTAGEM LOCAL)

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