DA REPORTAGEM LOCAL

A operação de ontem, que resultou em 2.532 pessoas detidas, é a maior realizada pela polícia paulista neste ano. Na ação anterior, em março, 1.675 pessoas haviam sido detidas no Estado de São Paulo.
A megaoperação realizada no dia 23 de março foi organizada em todo o país pelo Conselho Nacional de Chefes da Polícia Civil, do qual o delegado-geral de São Paulo, Mário Jordão Toledo Leme, é presidente.
Foi São Paulo que registrou os números mais expressivos -apesar disso, dos 1.675 detidos, apenas 902 continuavam presos na noite do mesmo dia.
Na época, o delegado-geral de São Paulo afirmou que a megaoperação tinha o objetivo de "demonstrar força" e negou que tenha sido uma reação às ações da Polícia Federal, que em muitos casos tiveram policiais estaduais como alvo.
Ontem, o secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, negou que a megaoperação seja uma reação à investigação sobre o envolvimento de policiais civis com o esquema de proteção a caça-níqueis.
A Folha publicou ontem reportagem que mostrava que planilhas feitas pelo advogado Jamil Chokr, que representa empresas de caça-níqueis, indicam que o esquema de pagamento de propina pode atingir mais de 70% das delegacias da capital paulista.
Chokr é investigado desde maio, quando ele bateu seu carro e policias militares encontraram no interior do veículo envelopes de dinheiro endereçados a distritos policiais.
(AC e GP)


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