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Falso delegado é preso suspeito de estupro
Com o Audi do pai e uma funcional de delegado adulterada, ele obrigava as vítimas a entrar no carro e as violentava, diz polícia
Rodrigo Damasceno Corteze é suspeito de violentar mulheres na região dos Jardins e Campo Belo;
ele nega as acusações
DO "AGORA"
A polícia prendeu ontem um
homem suspeito de violentar
sexualmente mulheres na região dos Jardins e Campo Belo,
bairros nobres de São Paulo.
Segundo a polícia, dirigindo
um carro de luxo e com uma
funcional falsa, ele fingia ser
um delegado. Com uma pistola,
ele obrigava as vítimas a entrar
no carro. Duas mulheres o reconheceram, e a polícia acredita que existam mais casos. Ele,
por meio de seu advogado, nega
as acusações (ler texto ao lado).
Policiais do 7º DP, Lapa (zona oeste de SP), chegaram até
Rodrigo Damasceno Corteze,
36, após denúncia de que um
homem em um Audi azul, com
placas DPM-2124, teria cometido um estupro na região do
Campo Belo.
Os investigadores descobriram que, na madrugada de 19
de maio, uma recepcionista de
26 anos foi abordada no bairro
por um homem em um Audi.
Armado e mostrando a funcional de um delegado, ele a obrigou a entrar no carro e a agrediu com coronhadas e chutes.
No veículo, ela diz ter sido violentada e depois deixada em
uma avenida.
Como a polícia não encontrou nenhum Audi com as placas fornecidas na denúncia,
surgiu, então, a suspeita de que
uma das letras pudesse ter sido
adulterada. "Ele mudava com
uma fita isolante a letra C para
D", explica o delegado Antônio
Carlos Menezes Barbosa.
Segundo ele, as placas eram
CPM-2124 e o Audi pertencia a
um vendedor, de 63 anos, funcionário de uma grande empresa -o pai de Corteze.
"Começamos a desconfiar
que algum parente do dono pudesse ter usado o carro e vimos
que essa pessoa tinha um filho
de 36 anos", diz Barbosa.
Os policiais conseguiram
uma fotografia de Corteze e
mostraram a recepcionista, que
o reconheceu. Ele foi preso ontem em sua casa, no Ibirapuera.
Lá havia uma funcional com
a foto dele, mas em nome de um
delegado do Rio de Janeiro já
falecido, um distintivo de delegado e um cartão de visitas com
o timbre da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo,
além de uma pistola e munição.
"Vamos ver como ele conseguiu estes documentos", afirmou Barbosa.
Na manhã de ontem, Corteze
foi reconhecido por outra vítima. "Queria ter dado um tapa
na cara dele, por muitos que ele
me deu", disse ela.
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