São Paulo, Terça-feira, 15 de Junho de 1999
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TRANSPORTE
Sistema perdeu R$ 100 mil após liberação das catracas feita por motoristas em SP
Prefeitura vai cobrar prejuízo na Justiça

MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local

A SPTrans (São Paulo Transporte) informou ontem que vai cobrar na Justiça o prejuízo de quase R$ 100 mil que o sistema levou por causa da liberação das catracas dos ônibus realizada por motoristas e cobradores durante protesto na última sexta-feira.
O gerente de gestão e estratégia da SPTrans, Luiz Flaviano Furtado, disse ontem que a empresa vai entrar com uma ação civil para reparação de perdas e danos. Ele informou que o procedimento ainda não foi tomado porque a empresa está calculando o número de passageiros transportados de graça.
Ontem, na terceira rodada consecutiva de negociações, motoristas e cobradores não entraram novamente em acordo com o Transurb (sindicato patronal) sobre o pagamento do vale-refeição, principal reivindicação da categoria.
O Transurb chegou a propor ontem aos motoristas o pagamento dos vales, mas diminuindo o valor unitário de R$ 6,50 para R$ 3. Os empresários, no entanto, não garantiram a manutenção do benefício nos próximos meses.
A proposta não foi aceita pelos representantes dos motoristas presentes na reunião, que sugeriram o parcelamento dos 26 vales em duas vezes, com a manutenção do valor de R$ 6,50. Após a reunião, os motoristas se reuniram em assembléia da categoria na sede do sindicato, na Liberdade (centro de São Paulo). Várias propostas estavam sendo discutidas.
Entre elas, a realização de paralisações parciais de algumas empresas de ônibus, juntamente com a liberação das catracas em outros terminais da cidade. Na sexta-feira passada, o acesso gratuito de passageiros foi liberado apenas no terminal Parque D. Pedro.
As empresas querem ganhar tempo para negociar. Elas pediram uma semana aos motoristas para analisar o impacto do aditivo contratual assinado com a prefeitura na semana passada e levantar o peso dos vales na planilha de custo.
O Transurb aguarda a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que tem uma semana para julgar pedido da Transurb para suspender o vale-refeição e um aumento salarial de 3,88% concedido pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.


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