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Inquérito sobre fuga de dezembro não avançou
DA REPORTAGEM LOCAL
O inquérito policial sobre a terceira maior fuga da história da
Casa de Detenção, ocorrida em
dezembro do ano passado, ainda
não deu em nada.
Sabe-se agora, após sete meses,
o que se sabia na época: 38 detentos saíram do pavilhão 8, por
meio de um túnel ligado à rede de
galerias pluviais, e três deles foram detidos de imediato.
O problema, segundo a polícia,
é que as únicas testemunhas que
poderiam ajudar na investigação
são os próprios detentos recapturados, mas eles se recusaram a falar no inquérito. Por lei, podem
fazer isso, para serem interrogados depois, pela Justiça.
Os detalhes de como os túneis
são feitos não aparecem nem em
processos que estão no fórum de
São Paulo, como é o caso do buraco encontrado pela polícia em
abril deste ano. Cinco pessoas,
que seriam os funcionários da
obra, foram presas em flagrante.
Todos negam a participação na
escavação, apesar de haver contradições nos depoimentos deles.
O que se descobriu, por meio
dos operários, é que dois homens
compraram, por cerca de R$
4.000, o imóvel de onde saía o túnel e que os três pedreiros ganhavam cerca de R$ 30 por semana.
A passagem, construída por
baixo de casas da vizinhança do
presídio, deveria libertar um preso, cujo apelido é Terrível, do pavilhão 8 da Casa de Detenção.
A identidade dos financiadores
não foi descoberta. O PCC (Primeiro Comando da Capital) poderia estar envolvido com o plano, segundo a polícia.
(AS)
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