São Paulo, sábado, 15 de julho de 2006

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2 dos principais líderes do PCC são transferidos

DA REPORTAGEM LOCAL

Suspeitos de ordenar os mais recentes ataques atribuídos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), dois dois principais líderes do grupo foram transferidos pelo governo do Estado, às escondidas, no início da ontem de noite para o CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes, a 589 km a oeste de São Paulo.
Os presidiários Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, uma espécie de "vice-presidente" da organização criminosa e braço direito de seu líder, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Orlando Mota Júnior, o Macarrão, estavam juntos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, também no oeste do Estado, a 620 km da capital.
Outros três presos também apontados pela SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) como ligados ao comando do PCC também foram levados para o presídio de Bernardes, onda vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). Lá, os presos passam 22 horas por dia trancados em celas individuais, não têm contato físico com os visitantes e não têm acesso a jornais, revistas, rádios ou televisores.

Negociador
Em maio, durante a primeira onda de ataques da facção criminosa contra as forças de segurança de São Paulo, Macarrão foi um dos detentos que negociaram com representantes do governo o fim da onda de violência.
Macarrão, de acordo com o serviço de inteligência da SAP, seria uma espécie de "testa de ferro" dos outros principais líderes do PCC. No início do mês, ele foi acusado pelo Ministério Público de ser um dos articuladores das recentes rebeliões simultâneas ocorridas em algumas das 144 unidades prisionais do Estado.
(ANDRÉ CARAMANTE)


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