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2 dos principais líderes do PCC são transferidos
DA REPORTAGEM LOCAL
Suspeitos de ordenar os mais
recentes ataques atribuídos à
facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), dois
dois principais líderes do grupo
foram transferidos pelo governo do Estado, às escondidas, no
início da ontem de noite para o
CRP (Centro de Readaptação
Penitenciária) de Presidente
Bernardes, a 589 km a oeste de
São Paulo.
Os presidiários Júlio César
Guedes de Moraes, o Julinho
Carambola, uma espécie de "vice-presidente" da organização
criminosa e braço direito de
seu líder, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Orlando Mota Júnior, o Macarrão, estavam juntos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, também no oeste do Estado, a 620 km da capital.
Outros três presos também
apontados pela SAP (Secretaria
da Administração Penitenciária) como ligados ao comando
do PCC também foram levados
para o presídio de Bernardes,
onda vigora o RDD (Regime
Disciplinar Diferenciado). Lá,
os presos passam 22 horas por
dia trancados em celas individuais, não têm contato físico
com os visitantes e não têm
acesso a jornais, revistas, rádios
ou televisores.
Negociador
Em maio, durante a primeira
onda de ataques da facção criminosa contra as forças de segurança de São Paulo, Macarrão foi um dos detentos que negociaram com representantes
do governo o fim da onda de
violência.
Macarrão, de acordo com o
serviço de inteligência da SAP,
seria uma espécie de "testa de
ferro" dos outros principais líderes do PCC. No início do mês,
ele foi acusado pelo Ministério
Público de ser um dos articuladores das recentes rebeliões simultâneas ocorridas em algumas das 144 unidades prisionais do Estado.
(ANDRÉ CARAMANTE)
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