São Paulo, sábado, 15 de julho de 2006

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Advogado deixa a defesa de Norambuena

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao alegar "não ter condições psicológicas", o advogado criminalista Jaime Alejandro Motta Salazar, 40, anunciou ontem que não defenderá mais o chileno Mauricio Norambuena, condenado a 30 anos de prisão pelo seqüestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001.
Preso há mais de três no CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes, tida como a prisão mais rigorosa do país em funcionamento, Norambuena é apontado pela polícia paulista como o responsável pela retransmissão de táticas de guerrilha e de terrorismo aos líderes do PCC.
Segundo investigações dos serviços de inteligência do governo do Estado, partiram dele as idéias para que os soldados do PCC atacassem bancos para "tentar desestabilizar a ordem financeira".
Para Salazar, o ex-cliente merece o benefício da dúvida, mas, ainda assim, ele diz não querer ter qualquer ligação com o crime organizado. "O crime organizado dita as regras, e eu não posso aceitar o que acontece hoje em São Paulo", disse Salazar. "Estou sem condições psicológicas de continuar." (AC)


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