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Advogado deixa a defesa de Norambuena
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao alegar "não ter condições psicológicas", o advogado criminalista Jaime
Alejandro Motta Salazar,
40, anunciou ontem que
não defenderá mais o chileno Mauricio Norambuena, condenado a 30 anos
de prisão pelo seqüestro
do publicitário Washington Olivetto, em 2001.
Preso há mais de três no
CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes, tida
como a prisão mais rigorosa do país em funcionamento, Norambuena é
apontado pela polícia paulista como o responsável
pela retransmissão de táticas de guerrilha e de terrorismo aos líderes do PCC.
Segundo investigações
dos serviços de inteligência do governo do Estado,
partiram dele as idéias para que os soldados do PCC
atacassem bancos para
"tentar desestabilizar a ordem financeira".
Para Salazar, o ex-cliente merece o benefício da
dúvida, mas, ainda assim,
ele diz não querer ter qualquer ligação com o crime
organizado. "O crime organizado dita as regras, e
eu não posso aceitar o que
acontece hoje em São Paulo", disse Salazar. "Estou
sem condições psicológicas de continuar."
(AC)
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