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foco
Marinha quer adaptar
a lei seca para lanchas
e demais embarcações
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O comandante da Marinha, almirante Júlio Soares
de Moura Neto, anunciou
ontem que a Força Naval
realiza estudos para adaptar
a lei seca do trânsito também
para lanchas, barcos e outras
embarcações nos mares e
rios do país, na tentativa de
punir pilotos que estejam
embriagados e colocando em
risco a vida de outros.
"A intenção é estudar o
texto da lei e verificar sua
aplicabilidade no mar", disse
o comandante a jornalistas.
Segundo ele, os estudos incluem o adestramento de
pessoal para a fiscalização e a
possibilidade de compra de
bafômetros para a Capitania
dos Portos, que faz a fiscalização de embarcações civis.
Apesar de a Guarda Costeira já ter atualmente "algum tipo de controle", Moura Neto disse que não há um
trabalho sistemático nem regulamentação específica,
equipamentos e determinação de níveis mínimos de
teor alcoólico no sangue.
O comandante citou o acidente com o iatista Lars
Grael, detentor de duas medalhas olímpicas e depois secretário de Esportes do Estado de São Paulo.
Em 1998, aos 34 anos, o esportista foi atropelado por
uma lancha em Vitória (ES)
e teve a perna direita amputada. O piloto não tinha habilitação e houve suspeita de
que havia ingerido álcool.
O comandante da Marinha disse que, primeiro, é
preciso saber se a lei pode ser
adequada diretamente ou se
é necessário refazer o processo desde o início e criar
uma lei específica para os
transportes marítimos.
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