São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 2008

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Marinha quer adaptar a lei seca para lanchas e demais embarcações

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

O comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, anunciou ontem que a Força Naval realiza estudos para adaptar a lei seca do trânsito também para lanchas, barcos e outras embarcações nos mares e rios do país, na tentativa de punir pilotos que estejam embriagados e colocando em risco a vida de outros.
"A intenção é estudar o texto da lei e verificar sua aplicabilidade no mar", disse o comandante a jornalistas.
Segundo ele, os estudos incluem o adestramento de pessoal para a fiscalização e a possibilidade de compra de bafômetros para a Capitania dos Portos, que faz a fiscalização de embarcações civis.
Apesar de a Guarda Costeira já ter atualmente "algum tipo de controle", Moura Neto disse que não há um trabalho sistemático nem regulamentação específica, equipamentos e determinação de níveis mínimos de teor alcoólico no sangue.
O comandante citou o acidente com o iatista Lars Grael, detentor de duas medalhas olímpicas e depois secretário de Esportes do Estado de São Paulo.
Em 1998, aos 34 anos, o esportista foi atropelado por uma lancha em Vitória (ES) e teve a perna direita amputada. O piloto não tinha habilitação e houve suspeita de que havia ingerido álcool.
O comandante da Marinha disse que, primeiro, é preciso saber se a lei pode ser adequada diretamente ou se é necessário refazer o processo desde o início e criar uma lei específica para os transportes marítimos.


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