São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 2008

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Segurança de Congonhas é total, diz Jobim

Para ministro da Defesa, redução de pousos e decolagens após acidente com avião da TAM influenciaram na melhora

Titular da pasta afirma que, apesar de a segurança ser absoluta, pontualidade e regularidade nos aeroportos precisam se aprimorar


PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A quatro dias de completar um ano do acidente com o avião da TAM, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse ontem que a segurança no aeroporto de Congonhas é "absoluta".
De acordo com ministro, os trabalhos agora serão para "retomar a regularidade e a pontualidade" dos vôos.
"A situação de segurança no aeroporto de Congonhas é absoluta", disse, referindo-se à redução dos pousos e decolagens a cada hora.
Antes do acidente eram 48 pousos e decolagens. Depois, caíram para 34, sendo 30 para aviação regular e quatro para jatos executivos.
Também houve redução da dimensão da pista principal e foi feito "grooving" (ranhuras na pista), medidas já previstas antes do desastre de 17 de julho de 2007, o maior do país, que causou a morte de 199 pessoas.
"Tudo isso nos dá segurança. Houve redução importante no volume de passageiros no aeroporto de Congonhas com transferências para Guarulhos [Grande SP]. Então, hoje, temos aquele princípio que asseguramos, logo no início das nossas atividades, que era retomar a segurança."
O Jobim foi à capital mineira ontem para a assinatura de protocolo de intenções para construção da primeira fase do aeroporto industrial de Confins.
O ministro disse que os problemas da crise aérea estão "praticamente próximos a zero", mas que ainda resta o "segundo momento".
"Estamos, claramente ainda, em um processo de melhoria das condições infra-estruturais e de responsabilidade das empresas para atender aos outros dois pilares da questão aérea: regularidade e pontualidade."

Causas
Sobre as reclamações dos parentes das vítimas do acidente com a aeronave da TAM, o ministro disse ser um problema que precisa ser resolvido com a companhia aérea, e que "o Estado brasileiro não poderá intervir nas questões que são de natureza privada".
Disse que "provavelmente ainda neste mês" sairá o relatório do Cenipa (Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) sobre as causas do acidente. "O Cenipa não é o órgão competente para apurar responsabilidades, é o órgão competente para verificar as causas do acidente e possibilitar que isso não se repita."
Jobim afirmou ainda que a greve prevista de funcionários da Infraero (estatal que administra os aeroportos) não acontecerá. "Já houve um entendimento da presidência da Infraero com o sindicato."


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