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Segurança de Congonhas é total, diz Jobim
Para ministro da Defesa, redução de pousos e decolagens após acidente com avião da TAM influenciaram na melhora
Titular da pasta afirma que, apesar de a segurança ser absoluta, pontualidade e regularidade nos aeroportos precisam se aprimorar
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A quatro dias de completar
um ano do acidente com o avião
da TAM, o ministro da Defesa,
Nelson Jobim, disse ontem que
a segurança no aeroporto de
Congonhas é "absoluta".
De acordo com ministro, os
trabalhos agora serão para "retomar a regularidade e a pontualidade" dos vôos.
"A situação de segurança
no aeroporto de Congonhas
é absoluta", disse, referindo-se
à redução dos pousos e decolagens a cada hora.
Antes do acidente eram 48
pousos e decolagens. Depois,
caíram para 34, sendo 30 para
aviação regular e quatro para
jatos executivos.
Também houve redução da
dimensão da pista principal e
foi feito "grooving" (ranhuras
na pista), medidas já previstas
antes do desastre de 17 de julho
de 2007, o maior do país, que
causou a morte de 199 pessoas.
"Tudo isso nos dá segurança.
Houve redução importante no
volume de passageiros no aeroporto de Congonhas com transferências para Guarulhos
[Grande SP]. Então, hoje, temos aquele princípio que asseguramos, logo no início das
nossas atividades, que era retomar a segurança."
O Jobim foi à capital mineira
ontem para a assinatura de protocolo de intenções para construção da primeira fase do aeroporto industrial de Confins.
O ministro disse que os
problemas da crise aérea estão
"praticamente próximos a
zero", mas que ainda resta o
"segundo momento".
"Estamos, claramente ainda,
em um processo de melhoria
das condições infra-estruturais
e de responsabilidade das empresas para atender aos outros
dois pilares da questão aérea:
regularidade e pontualidade."
Causas
Sobre as reclamações dos parentes das vítimas do acidente
com a aeronave da TAM, o ministro disse ser um problema
que precisa ser resolvido com a
companhia aérea, e que "o Estado brasileiro não poderá intervir nas questões que são de
natureza privada".
Disse que "provavelmente
ainda neste mês" sairá o relatório do Cenipa (Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) sobre as causas do acidente. "O Cenipa não é o órgão
competente para apurar responsabilidades, é o órgão competente para verificar as causas
do acidente e possibilitar que
isso não se repita."
Jobim afirmou ainda que a
greve prevista de funcionários
da Infraero (estatal que administra os aeroportos) não acontecerá. "Já houve um entendimento da presidência da Infraero com o sindicato."
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