São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 2008

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Inquérito sobre acidente só sairá em outubro

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Civil de São Paulo informou ontem que o inquérito que apura as causas da tragédia com o avião da TAM só será concluído em outubro.
O delegado Antonio Carlos Barbosa, do 14º DP, disse que aguarda a conclusão do laudo do IC (Instituto de Criminalística) para encerrar o caso.
Barbosa afirmou que o fator determinante para a tragédia foi o fato de o manete direito (alavanca de controle da potência da turbina) ter sido deixado na posição de aceleração máxima ao invés de reverso quando o avião tocou a pista.
"Isso é indiscutível. Está constatado em caixas-pretas." Ele diz, porém, que ainda não pode concluir se a alavanca foi posta na posição de aceleração por erro humano dos pilotos, falha no sistema dos computadores de bordo ou quebra do equipamento. O manete esquerdo estava na posição correta para pouso -desacelerado.
Segundo o perito Antonio Nogueira Neto, do IC, não foram encontrados indícios que mostrem problemas com o sistema de manetes.
O delegado também citou outros fatores que contribuíram para o acidente: a pista curta (1.940 m); o fato de ela ter sido liberada sem "grooving" (ranhuras) pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Infraero; o descumprimento da norma da Anac pela TAM, que veta pouso de aeronaves com reverso pinado em condições de chuva em Congonhas.
O inquérito de 50 volumes apura homicídio e lesão corporal culposos (quando não há intenção de matar). Sete nomes serão indiciados pelo tragédia, afirma o delegado. Ele, no entanto, não diz quem.
De acordo com Barbosa, devem ser responsabilizadas pessoas ligadas à Anac, Infraero e TAM. (KLEBER TOMAZ)


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