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Inquérito sobre acidente só sairá em outubro
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Civil de São Paulo
informou ontem que o inquérito que apura as causas da tragédia com o avião da TAM só será
concluído em outubro.
O delegado Antonio Carlos
Barbosa, do 14º DP, disse que
aguarda a conclusão do laudo
do IC (Instituto de Criminalística) para encerrar o caso.
Barbosa afirmou que o fator
determinante para a tragédia
foi o fato de o manete direito
(alavanca de controle da potência da turbina) ter sido deixado
na posição de aceleração máxima ao invés de reverso quando
o avião tocou a pista.
"Isso é indiscutível. Está
constatado em caixas-pretas."
Ele diz, porém, que ainda não
pode concluir se a alavanca foi
posta na posição de aceleração
por erro humano dos pilotos,
falha no sistema dos computadores de bordo ou quebra do
equipamento. O manete esquerdo estava na posição correta para pouso -desacelerado.
Segundo o perito Antonio
Nogueira Neto, do IC, não foram encontrados indícios que
mostrem problemas com o sistema de manetes.
O delegado também citou outros fatores que contribuíram
para o acidente: a pista curta
(1.940 m); o fato de ela ter sido
liberada sem "grooving" (ranhuras) pela Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) e Infraero; o descumprimento da
norma da Anac pela TAM, que
veta pouso de aeronaves com
reverso pinado em condições
de chuva em Congonhas.
O inquérito de 50 volumes
apura homicídio e lesão corporal culposos (quando não há intenção de matar). Sete nomes
serão indiciados pelo tragédia,
afirma o delegado. Ele, no entanto, não diz quem.
De acordo com Barbosa, devem ser responsabilizadas pessoas ligadas à Anac, Infraero e
TAM.
(KLEBER TOMAZ)
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