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Ideia fixa de Eliza era casar com um jogador, diz amiga
Rita Oliveira abrigou a ex-namorada de Bruno por três anos em sua casa no Jaguaré, zona oeste de São Paulo
"Ela queria apagar que tinha feito filme pornô
e que foi uma garota de programa, mas ficou marcada", afirma Rita
ELIANE TRINDADE
SÃO PAULO
Nos últimos três anos, Eliza Samudio viveu em função
de uma ideia fixa: encontrar
um príncipe encantado no
mundo do futebol. "O negócio dela era ir a festas para
tentar se aproximar de jogadores", conta Rita Oliveira,
que abrigou Eliza em sua casa no Jaguaré, zona oeste de
São Paulo durante três anos.
Entre dezembro de 2007 e
outubro de 2009 -quando
Eliza, grávida de cinco meses, denunciou o goleiro Bruno por agressão-, Rita testemunhou a ascensão e queda
de uma autêntica "Maria
Chuteira". "Infelizmente, ela
ganhou esse carimbo e ficou
famosa no meio por ter casos
com muitos boleiros."
Na cabeça romântica da
paranaense, um affair já era
namoro. "Ela queira uma relação estável e fantasiava
que ia casar com cada jogador com quem se relacionava, mesmo que por uma noite", recorda-se Rita.
O goleiro Bruno não foi o
primeiro. Um jogador do Palmeiras, em início de carreira,
saiu com Eliza algumas vezes. Ao comentar no clube,
soube da "ficha corrida" da
namorada. Furioso, nunca
mais falou com ela.
O passado condenava Eliza a ser amante. "Ela queria
apagar que tinha feito filme
pornô e foi garota de programa, mas ficou marcada",
afirma Rita. A história, diz a
amiga, se repetiu com Bruno.
ROMANCE
Entre abril e maio, Eliza e o
goleiro teriam vivido um romance até ele descobrir que
se envolvera com "Eliza São
Paulo", apelido que ganhou
em "homenagem" ao time.
Ela frequentava festas,
churrascos e camarotes,
"mas tinha moral mesmo era
dentro do São Paulo, inclusive com dirigentes", conta Rita, que teve provas do prestígio ao assistir a um clássico
São Paulo x Palmeiras no Morumbi em 2008.
Acompanhada do caçula e
de um sobrinho, Rita ficou no
camarote sãopaulino. No final da partida, o trio foi levado até a saída do vestiário.
"Até brinquei: "Olha a força
da piriguete'", lembra Rita.
Impressionavam o carinho e a intimidade com que
os jogadores tratavam Eliza.
O São Paulo reconhece
que Eliza visitou por vezes o
vestiário como fã, mas não tinha vínculo com o clube.
O desaparecimento da paranaense assusta não só a
Bruno. "Tem muita gente do
futebol com medo. Ela teve
um caso também com um
treinador famoso."
Rita não acompanhou os
últimos meses de Eliza. "Ela
ficou chateada por eu ter dito
que filho não é sustento."
A desconhecida que acolheu Eliza num Natal se emociona ao lembrar da garota
apresentada por uma amiga.
"Ela não tinha onde ir e ia ficar em casa por dois dias,
mas me afeiçoei e ganhei
mais uma filha", conta.
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