São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2010

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Ideia fixa de Eliza era casar com um jogador, diz amiga

Rita Oliveira abrigou a ex-namorada de Bruno por três anos em sua casa no Jaguaré, zona oeste de São Paulo

"Ela queria apagar que tinha feito filme pornô e que foi uma garota de programa, mas ficou marcada", afirma Rita

ELIANE TRINDADE
SÃO PAULO

Nos últimos três anos, Eliza Samudio viveu em função de uma ideia fixa: encontrar um príncipe encantado no mundo do futebol. "O negócio dela era ir a festas para tentar se aproximar de jogadores", conta Rita Oliveira, que abrigou Eliza em sua casa no Jaguaré, zona oeste de São Paulo durante três anos.
Entre dezembro de 2007 e outubro de 2009 -quando Eliza, grávida de cinco meses, denunciou o goleiro Bruno por agressão-, Rita testemunhou a ascensão e queda de uma autêntica "Maria Chuteira". "Infelizmente, ela ganhou esse carimbo e ficou famosa no meio por ter casos com muitos boleiros."
Na cabeça romântica da paranaense, um affair já era namoro. "Ela queira uma relação estável e fantasiava que ia casar com cada jogador com quem se relacionava, mesmo que por uma noite", recorda-se Rita.
O goleiro Bruno não foi o primeiro. Um jogador do Palmeiras, em início de carreira, saiu com Eliza algumas vezes. Ao comentar no clube, soube da "ficha corrida" da namorada. Furioso, nunca mais falou com ela.
O passado condenava Eliza a ser amante. "Ela queria apagar que tinha feito filme pornô e foi garota de programa, mas ficou marcada", afirma Rita. A história, diz a amiga, se repetiu com Bruno.

ROMANCE
Entre abril e maio, Eliza e o goleiro teriam vivido um romance até ele descobrir que se envolvera com "Eliza São Paulo", apelido que ganhou em "homenagem" ao time.
Ela frequentava festas, churrascos e camarotes, "mas tinha moral mesmo era dentro do São Paulo, inclusive com dirigentes", conta Rita, que teve provas do prestígio ao assistir a um clássico São Paulo x Palmeiras no Morumbi em 2008.
Acompanhada do caçula e de um sobrinho, Rita ficou no camarote sãopaulino. No final da partida, o trio foi levado até a saída do vestiário. "Até brinquei: "Olha a força da piriguete'", lembra Rita.
Impressionavam o carinho e a intimidade com que os jogadores tratavam Eliza.
O São Paulo reconhece que Eliza visitou por vezes o vestiário como fã, mas não tinha vínculo com o clube.
O desaparecimento da paranaense assusta não só a Bruno. "Tem muita gente do futebol com medo. Ela teve um caso também com um treinador famoso."
Rita não acompanhou os últimos meses de Eliza. "Ela ficou chateada por eu ter dito que filho não é sustento."
A desconhecida que acolheu Eliza num Natal se emociona ao lembrar da garota apresentada por uma amiga. "Ela não tinha onde ir e ia ficar em casa por dois dias, mas me afeiçoei e ganhei mais uma filha", conta.


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