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VIOLÊNCIA
Redução pela metade desse tipo de crime foi detectada em junho, após fechamento de caixas eletrônicos na madrugada
Sequestro relâmpago cai após "apagão"
DA REPORTAGEM LOCAL
O número de sequestros relâmpagos caiu quase pela metade em
São Paulo em junho, após 20 dias
de "apagão" noturno -das 22h
às 6h- na rede de caixas bancários eletrônicos 24 horas por causa do racionamento de energia.
Nesse mês, se comparado com o
mesmo período em 2000, houve
46 casos a menos registrados pela
Polícia Civil na capital, o que representou queda de 46,19%.
Os dados são da 3ª Delegacia de
Patrimônio do Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes Patrimoniais), especializada
em monitorar esse tipo de crime.
"Sequestro relâmpago" é como
ficou conhecida a modalidade de
assalto em que a vítima fica detida, geralmente no próprio carro,
enquanto o ladrão retira dinheiro
de caixas eletrônicos.
A estatística do mês de julho,
que poderia confirmar a tendência, não está pronta. Deve ser divulgada no início de setembro.
Mas, para o delegado Valter Sergio de Abreu, 38, da 3ª Delegacia
de Patrimônio, a queda está associada principalmente ao não-funcionamento dos caixas durante a
noite, no horário mais crítico de
ação dos assaltantes.
Entre 21h e meia-noite, aconteciam 32% dos casos de sequestros
relâmpagos na capital até a entrada em vigor do racionamento de
energia e do fechamento dos postos de auto-atendimento bancário. ""Evidente que, se os caixas ficam fechados, os crimes não vão
ocorrer", afirmou Abreu.
Em média, os meses deste ano
vinham registrando tendência de
queda de 20,5% nesse tipo de crime, comparando-se os respectivos períodos deste ano com 2000.
Junho, o primeiro mês de "apagão", supera esse número.
A explicação para a diminuição
mensal dos casos, segundo o delegado, está relacionada com campanhas de esclarecimentos feita
por bancos e pela própria polícia
mais operações específicas em regiões de risco de assalto.
Este ano, no primeiro semestre,
ocorreram 897 sequestros relâmpagos na capital, contra 1.128 no
mesmo período de 2000.
Segundo levantamento da delegacia, que reúne dados de crimes
nos últimos 18 meses na capital,
66,67% das vítimas foram atacadas em caixas eletrônicos que estão em vias públicas.
Em segundo lugar aparecem os
postos bancários dentro de shoppings (27,9%).
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