São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 2002

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Infiltração de presos não foi apurada

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Militar encerrou a fase de investigação do Inquérito Policial Militar sobre as 12 mortes em Sorocaba sem apurar a infiltração de presos, confirmada em um documento reservado da própria corporação. A falta dessa apuração gerou protestos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O inquérito ainda será submetido à análise do subcomandante da PM, coronel Fernando Pereira, que pode pedir mais investigações ou encerrar o caso, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
O encerramento da investigação foi confirmado pelo PM escrivão do inquérito à OAB. Segundo o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da entidade, João José Sady, a OAB enviou dois ofícios ao responsável pelo inquérito pedindo apuração de duas suspeitas: a possibilidade de o plano de assalto a um avião pagador ter sido plantado pela polícia -como a Folha informou em 28 de julho- e participação de presos na ação.
No último domingo, a Folha revelou que o Gradi omitiu no inquérito a infiltração de presos e a participação de dois deles nessa operação. Esses dois dados foram confirmados pelo tenente H., coordenador do Gradi, em um ofício ao então juiz-corregedor do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), Maurício Lemos Porto Alves. No ofício, H. também explica que a Parati vista no bloqueio era tripulada por um preso colaborador da PM e dois policiais infiltrados. No inquérito consta que a Parati fugiu sem que a placa fosse anotada.


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