DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O transporte clandestino atende cerca de 5% dos passageiros na maior parte das cidades brasileiras. Nos municípios com mais de 300 mil habitantes, no entanto, esse percentual chega a 40%.
Esse é um dos dados divulgados ontem, em Brasília, pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), que está procurando o poder público para sugerir medidas que melhorem o transporte coletivo.
De acordo com a associação, o crescimento do transporte clandestino já provocou uma perda de 10% na receita das empresas de todo o país.
Pesquisas realizadas pela entidade estimam que esse tipo de transporte provoca uma sonegação de R$ 450 milhões em impostos por ano. Hoje, o país conta com 95 mil ônibus regulares, 70 mil vans clandestinas e 3.000 ônibus ilegais.
Na região metropolitana de São Paulo, existem 18 mil veículos ilegais disputando espaço com 16 mil ônibus regulares. Cerca de 30% dos passageiros optam pelo transporte clandestino.
Segundo o presidente da associação, Otávio Vieira da Cunha Filho, é preciso priorizar o transporte coletivo para que a população "se sinta atraída" pelo serviço regular. Para ele, o governo federal deve elaborar leis que sejam rigorosas na proibição do transporte clandestino e tratem de questões como a redução de impostos. Eles incidem sobre as tarifas e destinação de recursos para a aplicação de gratuidade a determinados setores da sociedade. Além disso, seriam necessários investimentos em infra-estrutura. (FERNANDA LUNARDELLI)


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