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São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2003

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RECONSTITUIÇÃO

Acusado revela detalhes

Sogro de juiz morto tenta agredir preso

Jorge Santos/"Oeste Notícias"
Escher mostra a foto do juiz-corregedor na reconstituição do assassinato em Presidente Prudente


CRISTIANO MACHADO
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA EM PRESIDENTE PRUDENTE

O comerciante Geraldo Escher, 52, sogro do juiz-corregedor Antonio José Machado Dias, 47, tentou agredir um dos acusados de envolvimento na morte do magistrado, o assaltante Ronaldo Dias, o Chocolate, 26, ontem de manhã, em Presidente Prudente (SP).
Na reconstituição (de quase três horas), Escher se aproximou por trás de Chocolate, agarrou seu ombro e, de forma ríspida, quase encostou no rosto a foto do juiz.
"Olha aqui quem você matou, você destruiu uma família", disse Escher, chorando. "Não matei não, senhor", respondeu o acusado. O comerciante havia dito antes que estava "se segurando" para não agredi-lo. "Ele está contando o crime como se estivesse contando um passeio. É revoltante."
Machado Dias, que julgava benefícios e monitorava o cumprimento da pena de detentos de sete presídios, foi morto ao deixar o fórum em 14 de março.
O preso disse ter dado suporte a Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal, 24, acusado de ter atirado, e Adilson Daghia, o Di, 34. Ele disse que, em um Gol, acenou à dupla quando o juiz deixava o fórum e o "escoltou" até o local da morte, a 300 m do prédio. Depois, esperou Di e Funchal entrarem no Gol para a fuga. Para a delegada Ieda Filgueiras, a reconstituição "coincide com as provas".
Ele manteve a versão de que a ordem partiu do PCC (Primeiro Comando da Capital).


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