São Paulo, sábado, 15 de agosto de 2009

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Sindicato dos docentes quer tirar grávidas da sala de aula

Federação dos professores particulares recorreu ao Ministério Público do Trabalho

Gestantes são mais suscetíveis à gripe suína; entidade orientou professoras grávidas a procurar seus médicos para pedir licença temporária

TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A federação dos professores particulares de São Paulo recorreu ontem ao Ministério Público do Trabalho para pedir que as gestantes, mais suscetíveis à gripe suína, sejam afastadas temporariamente das salas de aula.
A entidade orientou ainda que as professoras grávidas procurem seus médicos para pedir uma licença e, caso não consigam, simplesmente deixem de ir trabalhar.
A medida foi tomada após o sindicato das escolas particulares decidir que não iria seguir a recomendação da Secretaria Estadual da Saúde para que as gestantes sejam transferidas da sala de aula para locais onde estejam menos expostas à gripe.
O sindicato das escolas afirma que tomou a decisão com base em conversas com a Secretaria da Saúde. A secretaria, porém, diz que a recomendação dada ao sindicato foi a mesma já divulgada: que elas sejam transferidas para locais onde corram menos riscos e, na impossibilidade disso, que sejam afastadas da escola.
"Queremos que o Ministério Público do Trabalho convoque todas as partes para que se tenha uma solução. As escolas não querem afastar por uma questão financeira, porque vão ter que pagar duas pessoas para o mesmo trabalho. Então o INSS tem que ser envolvido. Tem que ser uma política de Estado", afirma o presidente da federação, Celso Napolitano.
Segundo ele, as gestantes que faltarem e não tiverem licença médica terão ajuda da federação para receber pelas aulas que não derem. A federação estima que 2.500 das 42 mil professoras da rede particular no Estado estejam grávidas.
Ontem, a Secretaria Estadual da Educação e as secretarias municipais de Gestão e da Saúde transferiram as gestantes de locais com mais exposição ao vírus para locais com menos risco. Anteontem, a Federação Nacional de Bancos recomendou que os bancos afastem as grávidas, que só devem voltar com a autorização do médico.


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