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Sindicato dos docentes quer tirar grávidas da sala de aula
Federação dos professores particulares recorreu ao Ministério Público do Trabalho
Gestantes são mais suscetíveis à gripe suína; entidade orientou professoras grávidas a procurar seus médicos para pedir licença temporária
TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A federação dos professores
particulares de São Paulo recorreu ontem ao Ministério
Público do Trabalho para pedir
que as gestantes, mais suscetíveis à gripe suína, sejam afastadas temporariamente das salas
de aula.
A entidade orientou ainda
que as professoras grávidas
procurem seus médicos para
pedir uma licença e, caso não
consigam, simplesmente deixem de ir trabalhar.
A medida foi tomada após o
sindicato das escolas particulares decidir que não iria seguir a
recomendação da Secretaria
Estadual da Saúde para que as
gestantes sejam transferidas da
sala de aula para locais onde estejam menos expostas à gripe.
O sindicato das escolas afirma que tomou a decisão com
base em conversas com a Secretaria da Saúde. A secretaria,
porém, diz que a recomendação
dada ao sindicato foi a mesma
já divulgada: que elas sejam
transferidas para locais onde
corram menos riscos e, na impossibilidade disso, que sejam
afastadas da escola.
"Queremos que o Ministério
Público do Trabalho convoque
todas as partes para que se tenha uma solução. As escolas
não querem afastar por uma
questão financeira, porque vão
ter que pagar duas pessoas para
o mesmo trabalho. Então o
INSS tem que ser envolvido.
Tem que ser uma política de
Estado", afirma o presidente da
federação, Celso Napolitano.
Segundo ele, as gestantes que
faltarem e não tiverem licença
médica terão ajuda da federação para receber pelas aulas
que não derem. A federação estima que 2.500 das 42 mil professoras da rede particular no
Estado estejam grávidas.
Ontem, a Secretaria Estadual
da Educação e as secretarias
municipais de Gestão e da Saúde transferiram as gestantes de
locais com mais exposição ao
vírus para locais com menos
risco. Anteontem, a Federação
Nacional de Bancos recomendou que os bancos afastem as
grávidas, que só devem voltar
com a autorização do médico.
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