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Assassinatos levam
medo a bairro pacato
Policial militar é acusado de matar rapaz
da enviada especial a Vitória
Considerado um dos bairros
mais pacatos de Vitória, Jucutuquara registrou no último final
de semana dois assassinatos.
Carlos Porfírio Filho, 21, Maxwuel Ferreira, 19, e Rodrigo Seixas, 20, foram baleados quando
conversavam no mesmo lugar
em que, no dia anterior, já havia
morrido outro rapaz. Carlos e
Maxwuel sobreviveram. Rodrigo
morreu com um tiro na cabeça.
Dois dias depois, o PM Carlos
Eduardo Costa dos Santos foi reconhecido por Porfírio como o
autor dos disparos.
A polícia trabalha com duas hipóteses: relação com tráfico de
drogas ou vingança.
A mãe de Maxwuel, Matilde
Ferreira, foi atingida por um tiro
na perna um dia antes dele. No
episódio, um vizinho foi morto.
"Desde que isso aconteceu, vivemos com medo. Nunca tinha
visto violência tão perto e não sei
o que pode acontecer", diz ela,
que é líder comunitária.
"Se quem deveria estar protegendo a gente faz uma covardia
dessas, então em quem eu vou
confiar?", diz a mãe de Rodrigo,
Glorinha Penha Seixas, 45.
O soldado, que se apresentou
para depor com uma arma sem
registro, disse que só falaria em
juízo. Pagou fiança e foi liberado.
A reportagem não conseguiu
falar com o soldado. Em casa, a
família afirmou que ele estava retido no quartel. No quartel, disseram que não era seu dia de
plantão. Nem o comandante da
PM, Hélio Sodré, nem o secretário da Segurança Pública do Estado, José Resende, souberam
informar se ele estava ou não retido ou afastado.
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