São Paulo, domingo, 15 de setembro de 2002

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"Aumentar fiscais não é solução"

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de Implementação das Subprefeituras, Jilmar Tatto, disse que o aumento do número de agentes vistores não é a melhor solução para uma fiscalização mais efetiva de imóveis irregulares na cidade de São Paulo.
De acordo com Tatto, o modelo atual está errado e precisa ser repensado. "Não funciona, é antigo, burocrático e corrupto."
Segundo ele, o maior problema é o contato entre o fiscal e o munícipe, pois o encontro pode possibilitar uma negociação entre as partes.
Tatto disse que a secretaria planeja um modelo de fiscalização eletrônica nos moldes do "Tigrão" -projeto da Prefeitura de São Paulo para fiscalização eletrônica da publicidade irregular na cidade por meio de câmeras e até de satélite.
De acordo com o secretário, está sendo desenvolvido um programa de computador que vai substituir o trabalho de campo do fiscal. O aparelho possibilitaria que fossem feitas as inspeções de uma obra, por exemplo, sem a presença do agente vistor. O fiscal, que permaneceria na sede da subprefeitura, emitiria a multa sem precisar ir ao lugar.
"Quem vai ao local não deve ser quem vai emitir a multa."
Tatto disse também que é mais barato investir na fiscalização eletrônica do que "inchar" o quadro de agentes vistores. "A prefeitura prefere contratar professores, médicos e enfermeiros."
No entanto o programa não tem previsão para entrar em atividade. O secretário afirmou que, enquanto isso, os 770 novos fiscais já contratados pela prefeitura poderão melhorar a fiscalização na cidade assim que entrarem em atividade.
O secretário Jilmar Tatto declarou que já foram afastados pela atual administração 128 funcionários corruptos.
"Não adianta colocar vários [fiscais" se uma parte deles começa a roubar."


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