|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Projeto original só permite porte em alguns casos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Estatuto do Desarmamento
foi elaborado por uma comissão
mista de deputados federais e senadores e aprovado pelo Senado
no último mês de julho. Agrupa
57 projetos que tramitavam na
Câmara dos Deputados e oito no
Senado, restringindo a posse e
proibindo o porte de arma.
Se a votação na Câmara aprovar
o mesmo texto que já recebeu o
aval do Senado, o porte de armas
será proibido -exceto para algumas categorias profissionais, como seguranças em serviço, policiais e militares.
O porte ilegal, nesse caso, passará a ser um crime inafiançável,
com penas que variam de 2 a 12
anos de prisão, além de multa.
Atualmente, quem porta uma arma ilegalmente é solto mediante o
pagamento de fiança.
A posse de arma, de acordo com
o Estatuto do Desarmamento, seria permitida, mas passaria a ter
critérios mais rigorosos. Para
comprar uma arma, o cidadão teria que ter no mínimo 25 anos e
comprovar que sabe atirar. Teria
que provar ter efetiva necessidade
da arma, como no caso de moradores de lugares isolados. Além
disso, a taxa de expedição do porte seria de R$ 1.000. Já o registro
custaria R$ 300.
Até a promulgação do estatuto,
no entanto, o texto poderá ainda
sofrer mudanças. O relatório preparado pela deputada Laura Carneiro (PFL-RJ), da Comissão de
Segurança Pública, que deve ser
votado nesta semana, sugere um
aumento no número de categorias autorizadas a portar armas,
incluindo motoristas de caminhão, fiscais do Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis) e oficiais de Justiça.
Autoriza também o porte para
algumas categorias mesmo fora
de serviço, como no caso dos
agentes penitenciários.
O relatório de Carneiro também
modifica outros pontos do projeto: propõe a redução da idade mínima para ter a posse de arma para 21 anos e diminui o valor da taxa e da expedição do porte. Mantém, no entanto, o referendo sugerido para 2005.
(FC)
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Cartazes e fotos lembram vítimas Índice
|