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Empresas terão que separar o lixo reciclável
Nova lei, publicada no "Diário Oficial", entrará em vigor dentro de três meses; regra não inclui condomínios residenciais
Empreendimentos que gerem acima de 200 litros diários de lixo terão que comprovar que material foi para central de triagem
DA REPORTAGEM LOCAL
A coleta seletiva de lixo será
obrigatória em shoppings centers, edifícios comerciais, indústrias e outros empreendimentos da cidade de São Paulo.
A lei que estabelece a nova
regra foi publicada no "Diário
Oficial da Cidade" no último sábado e entrará em vigor dentro
de três meses.
A obrigação será apenas para
os chamados "grandes geradores de resíduos" -empresas
com mais de 200 litros diários
de lixo e condomínios mistos
ou não residenciais com mais
de 1.000 litros diários. Condomínios residenciais não se enquadram na regra.
Estima-se que cada pessoa
produza, em média, um quilo
de lixo por dia, o equivalente a
cerca de cinco litros.
Os "grandes geradores" já são
obrigados hoje a contratar empresas particulares para coletar
seu lixo e dar uma destinação
final, que pode ser o depósito
em aterros sanitários.
Com a nova lei, só poderão
ser levados para aterros o lixo
orgânico e os materiais coletados que não podem ser reciclados, como isopor, espelhos e
papel higiênico.
A empresa terá de manter
documentos que comprovem
que ela contratou a empresa
para a coleta e que o lixo foi levado para alguma central de
triagem de recicláveis.
A multa será de R$ 10 mil.
Hoje, a multa cobrada pela não
destinação adequada do lixo
chega a R$ 1.000.
A prefeitura não informou
qual é o volume de lixo produzido diariamente pelos grandes
geradores. No total, a prefeitura recolhe 15 mil toneladas diárias de lixo na cidade, incluindo
podas de árvores, restos de feiras, entulho de construção civil,
lixo hospitalar e as 9.500 toneladas de lixo domiciliar.
A prefeitura estima que 20%
do lixo da cidade pode ser reciclado. Desse total, apenas 7% é
efetivamente destinado a isso.
As cooperativas de catadores
coletam 38% do lixo reciclável.
O restante é retirado pelas empresas que fazem a coleta domiciliar: Loga e Ecourbis.
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