São Paulo, terça-feira, 15 de setembro de 2009

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Operação para capturar onça interdita parte da rodovia Anhanguera

Valter Tozetto Jr./"Jornal de Jundiaí"
Onça que foi capturada com ferimentos na rodovia Anhanguera, que teve lentidão no trânsito

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

A operação para a captura de uma onça suçuarana -espécie que está ameaçada de extinção- na pista da rodovia Anhanguera, em Louveira (a 73 km de São Paulo), provocou lentidão ontem pela manhã e chegou a interditar a estrada no sentido que vai do interior para a capital.
O trabalho levou aproximadamente uma hora e meia. O animal -que também é conhecido como onça-parda- apresentava diversos ferimentos pelo corpo.
A AutoBAn, concessionária responsável pela administração da rodovia Anhanguera, informou que o animal -macho de aproximadamente um ano de idade- foi encontrado por volta das 6h e estava deitado em um espaço de 60 cm, que fica entre a mureta central que divide os dois sentidos da rodovia e a primeira faixa de rolamento.

Ferimentos
A onça apresentava ferimentos na boca e na língua. Também tinha um dente quebrado e escoriações pelo corpo, mas não apresentava risco de morrer, de acordo com profissionais da Associação Mata Ciliar, de Jundiaí (60 km de São Paulo), que ficaram responsáveis pelo tratamento do animal.
Funcionários da associação avaliaram que a onça estava provavelmente em fuga por causa da construção de condomínios residenciais em áreas de mata no entorno daquela região. Além disso, nas proximidades do km 70, também há regiões de mata.
De acordo com a concessionária AutoBAn, os ferimentos podem ter sido provocados por um atropelamento.

Tráfego
Durante o trabalho de captura, o tráfego precisou ser afunilado para uma das duas pistas da rodovia e, ainda, para o acostamento.
Além de funcionários da AutoBAn e da Associação Mata Ciliar, também participaram da ação de captura do animal o Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária.
Por volta das 8h30, a rodovia teve de ser interditada por cerca de dez minutos para que o animal pudesse ser sedado, colocado em uma jaula e retirado.
A onça -de cerca de 1,5 m de comprimento e 30 kg- ficará na sede da associação até que os técnicos concluam estudo para encontrar um local apropriado para soltá-la de volta na natureza.


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