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Hospitais desfazem esquema especial para gripe suína
Com menos número de casos, unidades desmobilizam equipes e retomam rotina; AMAs passam a atender em horário normal
No Emílio Ribas, referência em doenças infecciosas, doentes com os sintomas
da gripe recebem o mesmo atendimento que os demais
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
Os hospitais de São Paulo começaram a desmontar o "esquema de guerra" que havia sido organizado para atender aos
doentes de gripe suína no período crítico da epidemia.
A desmobilização ocorre por
causa dos sinais de que a epidemia, que já matou pelo menos
657 pessoas no Brasil, caminha
para o final.
O hospital Emílio Ribas, referência nacional em doenças infecciosas, deixou de ter uma
enfermaria e médicos dedicados exclusivamente aos pacientes com síndrome gripal. E a
farmácia que só distribuía o Tamiflu já foi desativada.
Os doentes com os sintomas
da gripe agora são atendidos da
mesma forma que os demais
pacientes do hospital. E o Tamiflu voltou para a farmácia geral do Emílio Ribas.
Quando a epidemia explodiu,
o Hospital Israelita Albert
Einstein precisou suspender a
reforma de 20 quartos, para
que houvesse leitos em número
suficiente para os doentes de
gripe em estado grave. Agora,
com a gripe suína sob controle,
esses quartos já estão interditados para as obras.
No hospital São Paulo, da
Unifesp (Universidade Federal
de São Paulo), o pronto-socorro da gripe suína, criado poucos
meses atrás, parou de abrir nos
sete dias da semana e passou a
funcionar só de segunda a sexta. Quem busca o hospital no
sábado ou no domingo é atendido no pronto-socorro geral.
Até o final deste mês, os diretores do hospital São Paulo decidirão sobre o fechamento definitivo do pronto-socorro
montado especialmente para
atender aos infectados pela influenza A (H1N1).
No pior momento da epidemia, 200 pessoas procuraram
atendimento num único dia.
Hoje o número não passa de 30.
As 94 AMAs (Assistências
Médicas Ambulatoriais) que
haviam aumentado o horário
de atendimento, inclusive aos
domingos, para evitar a superlotação dos hospitais de São
Paulo voltarão a funcionar de
segunda a sábado e no horário
normal, das 7h às 19h, na semana que vem.
Num relatório divulgado no
início deste mês, o Ministério
da Saúde informou que o número de casos graves da gripe
suína pela primeira vez vinha
caindo no país. A Secretaria da
Saúde de São Paulo notou a
mesma tendência de queda no
total de casos no Estado.
Colaborou o "Agora"
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