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Pesquisadores acham novas espécies de peixes no Pantanal
RUBENS VALENTE
da Agência Folha, em Campo Grande
Uma equipe de 30 pesquisadores, de instituições estrangeiras e
brasileiras, divulgou ontem em
Campo Grande (MS) a descoberta
de 26 a 39 novas espécies de peixes
no Pantanal.
Os peixes foram encontrados
pelos estudiosos nas cabeceiras de
rios formadores do Pantanal de
Mato Grosso do Sul.
O ictiólogo (zoólogo especializado em peixes) Naércio Menezes,
60, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), informou que o total de espécies de
peixes catalogadas no Pantanal
poderá passar das atuais 266 para
cerca de 350.
Os estudiosos alertaram para o
risco que as espécies correm, devido aos desmatamentos de matas
das nascentes dos rios.
Os pesquisadores concluíram
que os desmatamentos das cabeceiros "causarão um impacto devastador na planície inundável do
Pantanal, provocando assoreamentos e aumento da amplitude
dos ciclos de cheia".
O estudo, que custou R$ 150 mil,
é parte do Aquarap (Programa de
Avaliação Rápida dos Ecossistemas Aquáticos), financiado pela
Conversation International do
Brasil, uma organização não-governamental que tem vários doadores ilustres. Entre eles estão o
ator de cinema Harrison Ford e o
cirurgião plástico Ivo Pitanguy.
O Aquarap é um programa internacional destinado a identificar
prioridades para conservação de
meio ambiente na América Latina.
O superintendente de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Nilson de Barros, informou que a
proteção das cabeceiras deverá ser
melhorada a partir do Projeto
Pantanal, que custará cerca de R$
400 milhões. Parte do financiamento é do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento.
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