São Paulo, Sexta-feira, 15 de Outubro de 1999
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ADMINISTRAÇÃO

Prisão foi pedida porque o nomeado nunca compareceu à Justiça para explicar falência de empresa

Dívida de R$ 3.000 provocou falência

da Reportagem Local

A falência da empresa de Marco Aurélio de Oliveira Abreu foi decretada por causa de uma dívida de R$ 3.000 contraída com uma empresa que instala pisos.
Já a prisão administrativa ocorreu porque o secretário nomeado nunca compareceu à Justiça para explicar o processo de falência de sua empresa, Exame Comércio Exterior Ltda.
Para a Justiça, Abreu era um homem com paradeiro desconhecido até ontem. Emissários já o haviam procurado no endereço comercial de sua empresa, que teve falência decretada em outubro do ano passado. Nada encontraram.
Outra tentativa foi feita foi no endereço residencial mencionado no contrato social da empresa. A Justiça resolveu convocá-lo então por edital. Como não apareceu, um juiz decretou a prisão administrativa em 23 de setembro.

Autor do pedido
O autor do pedido de falência do secretário nomeado foi o encarregado de obras Wilson Aparecido de Souza, 35. "Nunca me passou pela cabeça que um cara desses poderia ser nomeado secretário", disse ele ontem, enquanto comemorava a prisão.
Souza acusa Abreu de ter deixado de lhe pagar por 200 m2 de piso importado da Holanda instalados em sua casa há três anos.
O débito, de R$3.000, segundo o encarregado, está calculado hoje em R$ 8.000. Como não foi pago, serviu de base para o pedido de falência da empresa.

Currículo
Segundo o currículo divulgado pela prefeitura, Marco Aurélio de Oliveira Abreu tem nível superior, fala inglês e espanhol fluentemente e é casado.
Ele exerce os cargos de vice-presidente nacional e de presidente do diretório estadual do PTN (Partido Trabalhista Nacional), o novo partido do prefeito.
Ele também é filho do presidente nacional do PTN, Dorival de Abreu, que foi candidato à Presidência da República em 95.
(JCS)

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