São Paulo, Sexta-feira, 15 de Outubro de 1999
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"Ele é que deve explicações, não eu", diz Tuma Júnior

da Reportagem Local

O delegado Romeu Tuma Júnior, responsável pela prisão de Marco Aurélio de Oliveira Abreu, classificou ontem como "absurda" a acusação de que ele teria tramado para prender o secretário nomeado pelo prefeito Celso Pitta (PTN) no dia da posse.
"É absurdo ele (Marco Aurélio de Oliveira Abreu) se defender de um problema atacando pessoas que estão dentro da lei. Ele é que deve explicações, não eu", disse Tuma ontem.
O delegado afirmou que recebeu anteontem à noite uma ligação anônima. Na ligação, ele foi informado de que a prefeitura "contrataria" um funcionário que era procurado pela Justiça.
"Quando recebi a denúncia nem sabia que a pessoa em questão era o secretário nomeado por Pitta. Quando confirmei que a pessoa tinha tido a prisão decretada, cumpri todos os procedimentos de praxe. Se não tivesse feito o que fiz, eu estaria cometendo crime de prevaricação", disse Tuma Júnior.
O delegado disse temer ser acusado de prevaricação (deixar de cumprir função pública) pela pessoa que fez a ligação anônima anteontem à noite.
"Se a conversa foi gravada e não tivesse feito o que fiz, eu poderia ser denunciado."
O delegado afirmou que o fato de ele ter prendido o homem que ocuparia o cargo deixado por seu tio Renato Tuma, o ex-secretário da Administração, foi uma "coincidência".
"Nem converso com meu tio. Minha família também não sabia da denúncia."





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