DA SUCURSAL DO RIO

Cerca de 500 profissionais da rede estadual de educação do Rio fizeram um protesto ontem, nas proximidades do Palácio Guanabara, sede do governo estadual, em Laranjeiras (zona sul). A Polícia Militar atravessou sete carros no meio da rua, a um quarteirão do palácio, formando uma barricada para impedir a passagem dos manifestantes.
Cerca de 250 PMs, incluindo 70 homens do Batalhão de Choque e do Grupamento Especial Tático-Móvel, formaram um corredor polonês de 150 m, atrás da barricada. Após negociarem com a polícia por cerca de uma hora, os organizadores da passeata não obtiveram autorização para caminharem até o palácio e se dispersaram.
A categoria protestou contra o déficit de 10 mil funcionários e 26 mil professores na rede de ensino do Estado. Os manifestantes pediram a posse de 8.000 profissionais aprovados em concurso em 2001.
A coordenadora do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), Gesa Linhares, acusou o governo de autoritarismo. "Eles estão recuperando uma prática da ditadura", disse ela, acrescentando que entrará com uma representação contra a governadora Rosinha Matheus (PMDB) na Comissão de Educação e Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Também havia na manifestação alunos e agentes penitenciários, que exigiam plano de carreira e aumento salarial. Apesar do clima de hostilidade, não houve confrontos.
O governo não comentou as declarações de Linhares.


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