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JUSTIÇA
Ela deve pedir anulação de benefício concedido a Paula Thomaz no caso do assassinato da atriz Daniella Perez
Promotora quer anular semi-aberto de Paula
da Sucursal do Rio
A promotora Luíza Lane deve
entrar hoje com um recurso junto
ao Tribunal de Justiça do Rio para
pedir a anulação do benefício de
prisão em regime semi-aberto
concedido a Paula Thomaz.
De acordo com a promotora, os
médicos, psicólogos e psiquiatras
que compõem a Comissão Técnica Classificatória não fizeram os
exames criminológicos necessários para atestar o "caráter" de
Paula.
Segundo ela, foram feitas apenas
entrevistas, nas quais a acusada de
assassinar a atriz Daniella Perez se
dizia arrependida.
Uma cópia do recurso vai ser enviada ao juiz da Vara de Execuções
Penais, Carlos Alfredo Flores da
Cunha, que concedeu o benefício.
Ele pode voltar atrás em sua decisão se concordar com as alegações
da promotora.
Caso o juiz decida manter o benefício, o recurso vai ser julgado
pelo Tribunal de Justiça.
O advogado de Paula Thomaz
terá um prazo de cinco dias para
apresentar a defesa de sua cliente.
Condenação
Paula Thomaz foi condenada no
ano passado a 18 anos e seis meses
de prisão pela morte de Daniella
Perez. A atriz foi morta em 28 de
dezembro de 1992 a tesouradas.
O ex-ator Guilherme de Pádua,
que era marido de Paula na época
do assassinato, também foi condenado pelo crime, a 19 anos.
Na época do assassinato, Daniella e Pádua interpretavam um par
romântico na novela "De Corpo e
Alma", da Rede Globo, de autoria
de Glória Perez, mãe da atriz.
Paula já cumpriu um sexto da
pena e, por isso, teve direito ao benefício. Mas ela só poderá sair da
prisão se comprovar que tem emprego ou que está matriculada em
uma instituição de ensino. Nesses
casos, Paula sai da prisão para trabalhar ou estudar e volta à noite
para dormir na cadeia.
Na semana passada, Paula foi
transferida da Polinter para o Instituto Penal Romero Neto, em Niterói, onde poderá ter acesso ao
benefício.
Paula ainda permanecerá em regime fechado até que uma comissão composta por médicos, psicólogos e psiquiatras avalie seu estado de saúde. O juiz, de acordo com
o resultado, concederá, ou não a
"confirmação" do benefício.
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