São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 2000

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Homicídio doloso cai 24,5% em dez anos

DA SUCURSAL DO RIO

Em números absolutos, os homicídios dolosos registrados pela Polícia Civil vêm caindo em todo o Estado desde 1990 (queda de 24,5%), enquanto as lesões corporais dolosas cresceram 72,6%.
Os homicídios, que eram 9.349 em 1990, subiram no início da década, atingiram o pico em 1995, com 8.438 ocorrências, e começaram a cair a partir daí.
Em 1999, houve 5.930 homicídios dolosos -um ligeiro aumento em relação às 5.741 ocorrências do ano anterior. As lesões corporais dolosas, que tiveram 35.916 casos registros em 1990, pularam para 62.021 em 1999.
O diretor-executivo da Fundação Cide, Epitácio Brunet, lembrou que, na comparação das taxas por 100 mil habitantes, a tendência de queda dos homicídios se repete.
"É importante falar isso num momento em que sempre se fala de um suposto aumento da violência. O número de ocorrências até aumentou, mas o número de vítimas fatais vem diminuindo."
Ele lembrou que, com a mudança de metodologia adotada pela Secretaria da Segurança em agosto de 1999, ficou possível calcular os índices de violência em diferentes áreas do Estado.
Os piores índices mensais de homicídios estão na região metropolitana, especialmente em áreas como Nova Iguaçu, Seropédica, Belford Roxo e Queimados.
Uma boa notícia foi o início da redução das mortes por causas externas, que vinham representando, em toda a década, cerca de 15% dos óbitos.
Em 1998, de acordo com os últimos dados disponíveis, a taxa foi de 13,7%. Essas mortes são as chamadas "mortes violentas", normalmente associadas a homicídios, acidentes de trânsito e, em menor número, outros acidentes, como afogamentos.
Em compensação, aumentaram as mortes por doenças do aparelho respiratório (que chegaram, em 1998, a 11% do total) e as resultantes de doenças infecciosas e parasitárias (3,8% do total em 1990 para 5% em 1998). (FE)


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