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Irmãos tentaram apressar mortes
DA REPORTAGEM LOCAL
Marísia e Manfred von Richthofen estavam vivos, depois de
receber pancadas na cabeça,
quando os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos de Paula e Silva resolveram usar toalhas molhadas
para tentar asfixiá-los.
O casal agonizou por alguns minutos. Segundo o que os irmãos
contaram na reconstituição do
crime, anteontem, Manfred e Marísia emitiam sons que pareciam
um "ronco" depois que receberam os golpes.
A demora do casal em morrer
surpreendeu os irmãos, que mudaram de estratégia. Primeiro, os
dois foram ao banheiro e molharam as toalhas na pia, de acordo
com Jane Mariza Pacheco Belucci,
chefe dos peritos do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Os irmãos pressionaram as toalhas molhadas contra o rosto de
Manfred e Marísia, mas eles não
morreram. Daniel foi à cozinha e
pegou uma jarra. A água foi usada
para encharcar a tolha e também
foi jogada no rosto de Manfred.
Cristian desceu para o térreo da
casa e recebeu de Suzane von
Richthofen um saco de lixo e o colocou na cabeça de Marísia. Segundo Jane, ele disse que colocou
a mão por baixo do saco e pressionou a toalha na garganta da mulher. O casal morreu logo depois.
Para a perita, o "ronco" descrito
pelos irmãos pode ser falta de oxigênio ou outras reações no estado
pré-morte. Mas, segundo Jane, a
causa do óbito são as pancadas na
cabeça. O casal não resistiria aos
ferimentos mesmo sem a asfixia.
O laudo necroscópico relata que
o casal morreu em decorrência de
traumatismo craniano. No caso
de Marísia, cita que há sinais de
asfixia. Um dos ossos do pescoço
foi fraturado.
Ontem, a Justiça prorrogou a
prisão temporária dos acusados
por mais cinco dias a partir de domingo. Depois disso, a polícia
pretende pedir a prisão preventiva -dura até o julgamento. Como foi classificado como duplo
homicídio, e não latrocínio (matar para roubar), o caso vai para o
1º Tribunal do Júri. O promotor
de Justiça Roberto Tardelli deve
assumir a acusação.
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